Após 4 anos, EUA ainda enfrentam problemas com pesca por vazamento de petróleo da BP

Após 4 anos, EUA ainda enfrentam problemas com pesca por vazamento de petróleo da BP

27 de março de 2014

Crédito da imagem:  DVIDSHUB/ Creative Commons


Estudo da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, sigla em inglês) divulgado nesta terça-feira (25/03) na publicação Proceedings of the National Academy of Sciences diz que algumas espécies de atum dos Estados Unidos estão nascendo com problemas cardíacos e dificuldades para nadar, por causa da explosão da plataforma da British Petroleum (BP), em 2010, no Golfo do México, que derramou mais de 4 milhões de barris de petróleo na costa americana. 


 

[caption id="attachment_4611" align="alignright" width="448"] DVIDSHUB Crédito da imagem: DVIDSHUB[/caption]

A pesquisadora da Universidade de Standford, Barbara Block, uma das autoras do estudo, afirma que as evidências apontam um efeito comprometedor do óleo na fisiologia e morfologia dos embriões e larvas. O estudo mostrou que o petróleo age como um fármaco que impede processos-chave nas células cardíacas. O movimento de contração e descontração do músculo cardíaco é afetado, o que provoca arritmias e má-formação em peixes como o atum-rabilho e o atum-amarelo.

O estudo ainda afirma que os derivados do petróleo que afetam o coração dos peixes podem permanecer nos habitats marinhos por muitos anos, ampliando impactos ambientais e gerando defasagem na pesca local.

As ostras dos lugares afetados desapareceram desde 2010. "Nossas ostras estão todas mortas. Não pescamos há tempos", conta o pescador Byron Encalade em um de seus dois barcos que já não conseguem manter o sustento da família desde o desastre, em entrevista ao Deutsch Welle (DW).

Byron Encalade, presidente da Associação de Pescadores de Ostras, culpa o despejo de água doce pela a contínua falta de ostras. "Mas agora", afirma, "é um crime que a BP não assuma sua responsabilidade e cuide dos pequenos locais de pesca." O pescador conta que, fora uma quantia inicial de 80 mil dólares, não recebeu mais nada da companhia.

Quando se fala de indenizações, as partes ainda não entraram em acordo e o caso ainda está na justiça. No começo de março, o Tribunal de Apelações do 5º Circuito dos Estados Unidos, com sede em Nova Orleans, rejeitou o recurso da British Petroleum contra o pagamento de indenização aos atingidos pelo vazamento de petróleo no Golfo do México. A BP questiona as as ações. As informações são do jornal Washington Post. 


Steve Herman e Jim Roy, advogados das empresas prejudicadas, classificaram a decisão como uma prova de que a British Petroleum não pode alterar os termos do acordo firmado em 2012. Já a petrolífera lamentou a decisão, pois não considera os prejuízos que não podem ser ligados à tragédia ambiental como sendo da empresa, segundo Geoff Morrell, vice-presidente sênior e porta-voz da petrolífera.

 

2010, 4 anos, América, atum, British Petroleum, cardíaco, EUA, indenização, má formação, nadar, ostra, pesca, pescadores, petrolífera, petróleo, tribunal, vazamento

 
publicidade 980x90 bares
 

Notícias do Pescado

 

 

 
SeafoodBrasil 2019(c) todos os direitos reservados. Desenvolvido por BR3