Aquicultura na Ásia em foco: Vietnã
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Aquicultura na Ásia em foco: Vietnã

País vem se confirmando com camarão de peso pronto para exportar ao mundo, e principalmente para o mercado chinês

Luiz Storino Filho - 21 de novembro de 2019

O Vietnã vem se confirmando com um camarão de peso pronto para exportar ao mundo, e principalmente para o mercado chinês, com um produto de qualidade mundial, livre de antibióticos e preços bem atrativos. 
 
No início de 2019, o mercado ainda sofria com as incertezas sobre o preço, porém ao longo do ano, os valores dos camarões vendidos para China vêm andando junto aos produtos da Índia e do Equador - este que teve sua quote exportação aumentada para China -, ainda que em meio a muita pressão comercial de produtores do sudeste Asiático. 
 
O preço subiu e os melhores resultados vão se confirmando. 
 
Duas principais cidades para aquicultura vietnamitas merecem atenção pela concentração dos esforços por melhores resultados e tecnificação de produtores: Can Tho e Cam Ranh. 
 
Can Tho
 
 
Can Tho é a cidade referência na região do Delta do Mekong que hoje conta com produtores exclusivos de pangasius. Ainda que localmente o panga não seja muito apreciado, mas a carne branca chega rápido às mesas de consumidores na Europa e nas Américas e a preços convidativos.
 
 
 
Também fica em Can Tho, a Can Tho University que oferece o maior programa educacional em aquacultura do país e o campus recentemente teve suas instalações renovadas. 
 
 
 
 
Cam Ranh
 
 
Bem menor do que Can tho, ainda no sul do Vietnã, a cidade de Cam Ranh fica próxima a Nha Trang, que é um destino turístico popular no país. A geografia do lugar com ilhas e baías de fácil acesso permitem o desenvolvimento da atividade aquícola em diversos níveis e produtores de todos os tamanhos.
 
É também ao sul de Cam Ranh ao longo de toda a faixa litorânea até Vũng Tàu que a produção de peixes, tanto provinda da pesca como da aquacultura, tem maior foco no mercado doméstico vietnamita. 
 
Culturalmente, o primeiro ponto de qualidade observado pelo consumidor local é o frescor dos alimentos oferecidos, algo que as redes varejistas tentam concorrer para fornecer um produto mais padronizado.
 
 
O Vietnã tem uma antiga tradição de comida de rua que é a assinatura da identidade cultural de muitas localidades. Ao viajar pelo país, é muito difícil encontrar dois pratos exatamente iguais, ainda que anunciados sob o mesmo nome. 
 
O produtos são ofertados prontos para o consumo, para as casa das pessoas ou ainda abastecer outros supermercados locais. É também com base nesse sistema de distribuição fragmentado que se encontra a maior variedade de frutos do mar com melhores preços, além da experiência com a culinária local. 
 
 

Sobre Luiz Storino Filho
 
  • Diretor de Novos Negócios da Ceresco Nutrition na Asia, sócio e membro do conselho diretivo da Agertek no Brasil e representante na BluEco Network.
 
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