Atum de cativeiro pode revolucionar o setor

Atum de cativeiro pode revolucionar o setor

24 de novembro de 2014

Crédito da imagem: Angelo DeSantis


O atum sempre apresentou resistência ao cultivo em cativeiro, porém, de acordo com pesquisadores da Universidade de Kinki, em Osaka, Japão, a criação está cada vez mais viável e com reprodução de bons resultados. E algumas empresas já começam a crescer neste ramo.


A pesquisa da universidade japonesa começou em 1969, após a Segunda Guerra Mundial para evitar a escassez de alimentos, e tinha como objetivo completar em cativeiro todo o ciclo de reprodução do peixe.


Os primeiros resultados concretos só apareceram em 2002, quando a equipe da universidade se tornou a primeira no mundo a criar em cativeiro atuns de barbatana azul de pais também nascidos em cativeiro, porém com uma mortalidade muito alta.


Tradings japonesas com grandes operações de pesca, como Mitsubishi Corp. e Sojitz Corp., começaram a se interessar pelos pesquisadores da Universidade de Kinki. A Toyota Tsusho Corporation, uma trading afiliada à montadora, começou uma parceria com a Universidade em 2009 e  financiou a construção de instalações maiores, onde os alevinos criados nos laboratórios da universidade poderiam ser criados em grande quantidade durante quase quatro meses e depois vendidos à  fazendas de piscicultura comercial, onde são engordados durante até quatro anos e comercializados para o abate.


A primeira remessa de filhotes da universidade veio de caminhão e acabou tendo perda de 90%. As remessas seguintes seguiram de barco e o processo foi se acertando aos poucos, informou o The Wall Street Journal, de Kushimoto, Japão. 


Nos últimos três anos, a venda anual média de peixes jovens alcançou de 20 mil unidades e apenas a produção da Toyota deve subir para 40 mil unidades em 2015.


Já a universidade está alcançando valores semelhantes, juntas, a Toyota e a Kinki poderiam atender a quase 20% da demanda das fazendas de atum japonesas por peixes jovens. Segundo pesquisadores, o negócio promete se expandir nos próximos anos.


 

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