Brasil é foco de camarão equatoriano

Crédito da imagem: Håkan Dahlström

O Equador continua ganhando força quando o assunto é camarão. O Brasil suspendeu a entrada de camarão nativo do Equador, em 2009, alegando razões de saúde após a síndrome da mancha branca. Desde então o mercado brasileiro está fechado para os exportadores equatorianos, mas isso pode mudar.

Em 2013, como informou o Seafood Brasil, de acordo com José Antonio Camposano, Presidente da Câmara Nacional de Aquicultura, o país já buscava soluções internacionais para acabar com esse impasse:  “O Equador apresentou suas observações à Organização Mundial do Comércio (OMC), porque acreditamos que essas barreiras sanitárias são injustificadas, como o Brasil sofreu do mesmo mal. Brasileiros demoraram dois anos analisando o quadro antes de levantar essa barreira”, disse Camposano.  

Atualmente, os produtores equatorianos também estão no meio de um "processo de análise de risco" no Brasil, com o foco em abrir o mercado brasileiro às importações. "Isto é muito importante para nós, estamos confiantes de que o Brasil tem um déficit de produção de camarão de cerca de 30 mil toneladas para atender a demanda local", disse Camposano, como informou reporte da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC).

 

Fim das tarifas na Europa

Porém, o Equador também está focado em outros mercados. Após quatro anos de negociações foi assinado um acordo comercial entre o país e a União Europeia (UE). O mercado da EU vai abrir suas portas sem tarifas para todos os produtos equatorianos, exceto bananas.

A Ásia é outro próximo foco. De acordo com Camposano, "A Ásia tornou-se um novo mercado para nós, e estamos trabalhando para manter a nossa presença, posicionando o camarão equatoriano como um produto que atende aos mais altos padrões de mercado", disse ele

“O Equador já exportou mais de 110 mil toneladas de camarão de cultivo esse ano, das quais 36% para o Velho Continente, 30% para os Estados Unidos e 27% para a Ásia”, completou Camposano.