A caminho do BR, camarão equatoriano ganha site e aval de Temer

A caminho do BR, camarão equatoriano ganha site e aval de Temer

Temer confirma queda das barreiras em evento do Mercosul e põe mais pressão para início da importação do vannamei

22 de dezembro de 2017

Os equatorianos seguem preparando o terreno para a chegada do vannamei com cada vez mais apoio dentro do governo brasileiro. Na última quarta-feira (20/12), a Câmara Nacional de Aquicultura do Equador (CNA) e a entidade de promoção de exportações ProEcuador lançaram o site www.camaraodoequador.com.br para defender os atributos do camarão em solo brasileiro.

Em paralelo, o governo brasileiro cada vez mais avaliza a entrada dos crustáceos estrangeiros. Durante reunião da 51ª Cúpula do Mercosul e Estados Associados, nesta quinta-feira (21), Michel Temer dirigiu-se à delegação equatoriana para confirmar que o governo brasileiro havia removido as barrerias sanitárias à importação de banana e do camarão equatoriano. "Era algo postulado há muito tempo pelo Equador", disse.

Em resposta ao comentário de Temer por WhatsApp, o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha, disse se tratar de "notícia requentada". De qualquer forma, a entidade irá reagir. "Quando o contêiner passar pelo Canal do Panamá iremos derrubar a contra liminar e restabelecer o que determinou o juiz Itagiba Catta Preta: autorização para importação só pode ser concedida depois da realização de uma contemporânea Análise de Risco de Importação", garantiu Rocha.

Quando o ministro da agricultura, Blairo Maggi, autorizou a importação no início do ano, a medida ainda era tratada nos bastidores. Depois do imbróglio jurídico que terminou com a suspensão da liminar que proibia a importação, a chegada de camarão importado passou a ser discutida às claras. (Veja histórico nos links em destaque).

Até novembro, porém, nenhum contêiner havia entrado no Brasil. Se por um lado o registro de rótulos está levando tempo no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), a judicialização da questão afugenta alguns importadores pelo medo de terem carga apreendida no meio do processo.

Ainda assim, o presidente da CNA, José Antonio Camposano, afirmou ao Valor que oito empresas brasileiras já estão em contato com exportadores equatorianos para garantir o produto. No início do ano, ele havia dito à Seafood Brasil que ao menos 15 camaroneiras equatorianas já haviam obtido autorização para exp0rtação, mas o registro dos rótulos ficou pendente.

Leia mais sobre o mercado e a produção de camarão na Seafood Brasil #22.

Enquanto isso, na Argentina

As capturas de Pleoticus muelleri caminham para um novo recorde em 2017: fontes do setor estimam um desembarque superior a 220 mil toneladas (registradas até 20/12). Diante da grande produção e da necessidade de abrir mais mercados, crescem os boatos de que a Argentina teria retomado as negociações para a abertura do mercado brasileiro - impedida por liminar obtida pela ABCC.

Produtores argentinos e importadores brasileiros indicam que o governo brasileiro estaria disposto a abrir o mercado para a importação de camarão argentino descascado. Em paralelo, a Câmara de Armadores de Pesqueiros e Congeladores da Argentina (CaPeCa) fez consultas a ex-funcionários do Mapa e à embaixada argentina em Brasília e ambos teriam sugerido que a medida judicial responsável por barrar a importação estaria por ser suspensa a qualquer momento.

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