Carnicicultura do Ceará cresce e Estado planeja exportar mais camarão
25 de setembro de 2013
Crédito da imagem: geese
A carcinicultura do Ceará está em crescimento, com a expectativa de que este ano feche com uma produção de 40 mil toneladas de camarão no Ceará, o incremento no setor deve ser de 40% na comparação com o volume produzido no ano passado. O Estado planeja retomar as exportações para a França ainda neste segundo semestre de 2013.
O crescimento da carcinicultura cearense tem impactado também na geração de empregos. "Até 2012 tínhamos (o setor) em torno de 12 mil empregados. Em 2013, nossa perspectiva é fechar o ano com 15 mil empregos", projeta Cristiano Peixoto Maia, presidente da Câmara Setorial da Carcinicultura - órgão vinculado à Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) e da Associação Cearense dos Criadores de Camarão.
Cristiano explica que além da exportação para o mercado francês, o setor também quer manter o foco no mercado interno, pois os produtores cearenses de camarão esbarram no valor que é oferecido pelo mercado francês. "O preço que estão nos oferecendo é ainda mais baixo do que (o valor oferecido) aqui no Brasil. Acreditamos que eles ainda vão aumentar o valor da oferta", estima Maia
De acordo com o titular da Câmara Setorial e da Associação Cearense dos Criadores de Camarão, em recente entrevista ao Diário do Nordeste, na Europa, o valor oferecido pelo quilo do produto é de R$ 16,00. "Na fazenda, o quilo do camarão de 11 gramas custa R$ 12,00, mas a gente ainda gasta mais R$ 6,00 na logística de transporte. Então, não compensa. Por isso, se exportarmos para a França será, no máximo, 30% da nossa produção. A maior parte será destinada ao mercado interno", afirma Maia. O mesmo tipo de camarão (11 gramas) no mercado interno, segundo Cristiano Maia, chega ao consumidor final em torno de R$ 18,00 a R$ 20,00 o quilo.
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