Dipes/Dipoa discute nomenclatura de espécies; peixes do bacalhau podem ganhar mais nomes

Dipes/Dipoa discute nomenclatura de espécies; peixes do bacalhau podem ganhar mais nomes

Dipes/Dipoa reúne nesta quinta-feira representantes da indústria para consolidar documento final de nova nomenclatura de espécies

16 de julho de 2015

Está em discussão uma proposta que pode mudar novamente nomes comerciais de espécies comercializadas no Brasil. A Divisão de Inspeção de Pescados e Derivados (Dipes) do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) realiza hoje (16/07), em Brasília, uma reunião de consolidação de considerações feitas à proposta de Instrução Normativa encaminhada pela Portaria SDA n° 50/2015

A Consulta Pública da Portaria nº 50 data de 26 de Maio de 2015 e compreende uma Instrução Normativa que define a nomenclatura comum de espécies de pescado no Brasil. Duas das espécies usadas para o preparo do bacalhau estão entre as afetadas: Gadus morhua e Gadus macrocephalus, assim como muitas outrasVeja aqui a lista completa considerada na consulta pública.

Representantes da indústria querem que ambas as espécies sejam chamadas de cod, com uma diferenciação em relação à origem: o morhua é encontrado no Atlântico Norte, enquanto o macrocephalus é encontrado no Pacífico. "Cod é o nome comum da espécie no exterior e é a nomenclatura mais indicada para se distinguir o macrocephalus em sua forma natural do que passa pelo processo de salga e é, então, transformado no 'bacalhau'", explica José Madeira, diretor do escritório do Alasca no Brasil (Asmi).

Segundo Madeira, esta seria a melhor forma de evitar que o consumidor se confunda ao comprar o produto. "Aqueles que desejam um produto que tenha passado pelo processo de salga buscariam o 'bacalhau', enquanto aqueles que buscam um peixe branco que não tenha passado por esse processo e esteja em sua forma natural buscariam o 'cod'", avalia. 

O Dipes/Dipoa considera como base o catálogo de espécies da FAO e acordos internacionais, como o que possui com a Noruega. Por meio dele, o termo cod só poderia ser usado para a espécie Gadus morhua, proveniente daquele país.

Este e outros casos serão discutidos na reunião desta quinta-feira, às 14h, no Dipoa, que pretende consolidar um documento com as modificações aceitas. A reunião será aberta apenas à participação de, no máximo, dois representantes de cada instituição que encaminhou considerações ao documento. Contará ainda com a participação de representantes do Ministério da Pesca e Aquicultura e do Departamento de Proteção do Direito de Consumidor do Ministério da Justiça, órgãos também envolvidos neste processo.

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