Dólar alto faz primeira vítima: Leardini entra em recuperação judicial

Dólar alto faz primeira vítima: Leardini entra em recuperação judicial

A notícia pegou o setor de surpresa na semana passada. A Leardini Pescados, uma das gigantes do segmento, entrou em recuperação judicial na terça-feira (05/05), como resultado de um desequilíbrio financeiro ocasionado pelo aumento do dólar, altos investimentos recentes e a alegada informalidade no setor.

11 de maio de 2015

A notícia pegou o setor de surpresa na semana passada. A Leardini Pescados, uma das gigantes do segmento, entrou em recuperação judicial na terça-feira (05/05), como resultado de um desequilíbrio financeiro ocasionado pelo aumento do dólar, altos investimentos recentes e a alegada informalidade no setor.

Em coletiva de imprensa realizada no sábado (09/05), o presidente, Attilio Leardini, explicou em detalhes os motivos que levaram a empresa à decisão - que, na prática, permite suspender ações trabalhistas e fiscais enquanto a Leardini prepara um plano de recuperação para evitar a falência.

Segundo o executivo disse à imprensa local, em uma empresa na qual as importações respondem por 65% do mix de pescado processado na indústria, a influência do dólar é fundamental. Leardini disse que, como o dólar subiu cerca de 50% nos últimos 12 meses, a dívida da empresa - não revelada - dobrou. A tentativa de diminuir o peso dos importados, adotada nos últimos 18 meses, não foi suficiente e agora a empresa foca nas exportações nas filiais de Belém (PA), Fortaleza (CE) e Rio Grande (RS), além de incrementar as compras de camarão vannamei do Ceará.

Serão 60 dias, contados a partir de 08/05, para a Leardini apresentar um plano "consistente e adequado, pautado em instrumentos jurídicos, econômicos, administrativos e contábeis, sob pena de ser decretada sua falência", como disse ao jornal Sol Diário o titular da 1ª Vara Cível de Navegantes, juiz Tanit Adrian Perozzo Daltoé, responsável pelo deferimento do pedido.

Attilio disse ainda à imprensa que o sentimento é de oportunidade, "de virar a página" e descartou demissões. Em um recado aos credores, garantiu ainda que a eficiência da empresa só melhorará, já que a empresa não teria dívidas trabalhistas e nem de impostos. O executivo atesta que 85% da dívida da Leardini corresponde a empréstimos de bancos e o restante a fornecedores.

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