Em meio a polêmica com MPA, Fenacam abre segundo dia com seminários

Em meio a polêmica com MPA, Fenacam abre segundo dia com seminários

Depois de uma abertura marcada pelo protesto contra a abertura às importações de camarão argentino, a Fenacam 2013 seguiu sua programação nesta terça-feira, (11)

11 de junho de 2013

por Leandro Igor Vieira, correspondente do Seafood Brasil em Natal (RN)

Depois de uma abertura marcada pelo protesto contra a abertura às importações de camarão argentino, a Fenacam 2013 seguiu sua programação nesta terça-feira, (11), voltando-se para a busca de soluções desse e de outros problemas que o setor considera enfrentar atualmente. Na abertura oficial de ontem, um "X" chegou a ser colocado sobre o logotipo do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) no banner oficial do evento. Consultada pelo Seafood Brasil pelo telefone, a assessoria do MPA disse que não iria comentar o protesto.

O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha, lamentou a ausência do MPA. De acordo com ele, esta é a primeira vez que o Ministério não participa da Fenacam. “O Brasil tem preços competitivos e pode conquistar espaço no mercado internacional. Porém, sem apoio a situação do setor se complica”, afirmou. Para tentar solucionar esses entraves, a feira vai apresentar 175 trabalhos técnicos e 103 expositores que falarão sobre as novas formas de criação e manejo do camarão.

Na manhã de hoje foi dado início ao X Simpósio Internacional de Carcinicultura e ao VII Simpósio Internacional de Aquicultura, duas das principais atrações da feira. Nas palestras foram abordados assuntos como as técnicas de biossegurança, a expansão do mercado mundial e o planejamento para o retorno das exportações no Brasil, além do esforço do setor em prol da queda da barreira sanitária que protege o camarão nacional. O “Panorama Atual da Indústria do Camarão Cultivado” foi o tema da exposição da especialista da Malásia, Shirlene Maria, que apresentou o cenário de importações dos Estados Unidos, Japão e União Europeia, os três principais mercados de camarão do mundo. A preocupação da especialista com a queda na produção estava presente em toda a explanação. “Esses mercados registraram uma quebra de 7,6% em 2012”, comentou.

Em seguida veio o inglês Grant D. Stentiford, com a palestra “Riscos da Importação de Camarão para os Crustáceos Cultivados do País Importador”, alertando sobre os cuidados necessários, já no manuseio, para garantir a qualidade do produto importado. Segundo ele, existe a necessidade de se criar um controle sanitário que ultrapasse as barreiras geográficas. “Os países em desenvolvimento precisam correr contra o tempo”, disse.

O produtor cearense Aristeu Bezerra, presente nos seminários, participa do evento desde 2009 e avalia como fundamental as discussões levantadas pelas apresentações. “Aproveitamos o momento para trocar informações importantes, como as técnicas que podemos aplicar na nossa produção. Com isso o setor se fortalece ”, disse Bezerra.

O evento segue até a próxima quinta-feira, (13), com festival gastronômico, feira de produtos, visita técnica, exposição de trabalhos científicos e simpósios. Nesta quarta-feira, o destaque serão as palestras que tratam do uso da biotecnologia no incremento da carcinicultura e da produção em países como Guatemala e Equador.

Para mais informações sobre a Fenacam 2013, acompanhe a cobertura diária aqui no Seafood Brasil. Acesse também o site do evento: http://www.fenacam.com.br

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