Empresa paraense é a primeira a ter registro para Processamento Artesanal do Caranguejo
23 de outubro de 2014
Crédito da imagem: Brandon Morse
A microempresa paraense Filé do Mangue, de Bragança, recebeu registro como o primeiro estabelecimento de Processamento Artesanal do Caranguejo. Esta é a primeira unidade agroindustrial privada de produção de carne de caranguejo do Estado e, do Brasil, a receber a autorização para comercialização, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), depois de cinco anos de tentativas e analises do órgão.
O empreendimento vai gerar 136 empregos diretos e necessitou de um investimento na ordem de R$ 250 mil. A produção será de 150 quilos/dia, ou seja, uma captura de cerca de 3 mil caranguejos diariamente.
Sebastião Brabo, proprietário da empresa, declarou, em entrevista a Adepará, que o empreendimento foi a realização de um sonho. "A conquista é fruto de um esforço conjunto de vários parceiros”, ressaltou.
Além dos ajustes, foi necessário treinamento para cerca de 100 pessoas e adequação em termos sanitários, para garantir a qualidade e saúde do pescado e dos consumidores.
O prefeito de Bragança, no Pará, João Nelson,ressaltou que há cinco anos o município vem se envolvendo na solução de um problema gerado com a proibição da comercialização da carne de caranguejo por um problema sanitário da época. “Com a possibilidade de voltar a vender o produto, que é uma riqueza no município, a população local vai retomar a auto estima e a capacidade de geração de renda. Essa comunidade é carente de emprego e esse empreendimento trará crescimento e qualidade de vida”, declarou o prefeito em entrevista a Adepará.
Com a autorização para comercialização, a primeira unidade de beneficiamento da carne de caranguejo já está em funcionamento e, segundo Alcilene Brabo, os pedidos não param de chegar. “Tenho certeza que fizemos o investimento certo, no local certo”, declarou.
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