Especial: tecnologia transforma setor de food service

Especial: tecnologia transforma setor de food service

30 de junho de 2014

Mariana Naviskas

Marcelo Tárraga

Mariana Diello

Analisamos durante quatro dias, em uma das maiores feiras de alimentação do mundo, a Sial, e a Fispal Food Service, como a tecnologia pode ajudar favoravelmente o setor de pescados no Brasil. Conversamos com empresas e ouvimos de diversas companhias que comercializam e prestam serviços ao mercado, quais novidades podem ajudar o crescimento do food service no país. Mostramos pra vocês, em um breve panorama, como a embalagem, o transporte a refrigeração podem ser fatores preponderantes para a qualidade do produto. Apresentamos ainda como o forno e o ultracongelamento são altamente responsáveis por levar um produto de qualidade à mesa das principais redes de alimentação brasileira.

especial 3

 

20 dias a mais de vida útil ao produto

Cada vez mais crescente no mercado, as embalagens a vácuo vêm sendo procuradas para aumentar a vida útil dos produtos. Uma das companhias, com 15 anos de experiência na área, é a Protervac, especialista na fabricação de equipamentos e embalagens para proteção a vácuo. Ao longo do tempo, a companhia adquiriu expertise para trabalhar com diferentes produtos, desde de frutas embaladas até pescados. De acordo com a empresa, hoje algumas companhias do segmento de pescado já trabalham com máquinas comercializados por eles.

"A ideia é aumentar o shelf life do produto, ou seja, a vida útil", explica Sérgio Ferreira, consultor de vendas da empresa. Segundo ele, os equipamentos da Protervac retiram em torno de 98% do oxigênio interno dos produtos. "Um produto que em uma embalagem normal dura de três a quatro dias passa a durar de 15 a 20 dias na área de vendas." Alguns dos equipamentos possuem a opção de injeção de gás para criação de atmosfera modificada, processo bastante indicado na proteção de carnes e pescados.

espeicla 2Garantir a temperatura correta na hora de transportar um peixe de  seu fornecedor ao mercado ou restaurante também é fundamental. E é isso que as carrocerias da FiBrasil se dispõe a fazer. Com 30 anos de existência, a empresa fornece ao mercado baús refrigerados para todos os ramos de alimentação, como carnes, peixes, sorvetes, entre outros. A empresa trabalha com dois tipos de tecnologia para conservação de temperatura: ar forçado e placas eutéticas. "A tecnologia com placas eutéticas funciona como um freezer: joga o ar frio para baixo e o quente para cima. Ele mantém a temperatura a 33ºC", conta Thiago Sikota, consultor técnico da FiBrasil.

Já a tecnologia com ar forçado permite manter qualquer temperatura. "Ele pode ser usado para produtos resfriados, congelados, entre outros". É importante frisar que o transporte de pescados já congelados deve ser diferente do transporte de peixes frescos. "Para o peixe já congelado é indicada a carroceria com ar forçado e para o peixe fresco é melhor a carroceria apenas isotérmica, sem refrigeração, que transporta o peixe e o gelo apenas". Sikota explica que um baú com refrigeração não é indicado, pois pode queimar a pele do peixe.

 

Conservação e tecnologia na hora do preparo

Após um transporte correto, conservar o peixe de forma correta no restaurante também fará toda a diferença no sabor do prato a ser preparado. É aí que entram as câmaras frigoríficas. A São Rafael é fabricante desse tipo de equipamento há 70 anos. "Nós temos câmaras modulares, ou seja, você pode fazer do tamanho que quiser, e utilizar diversos tipos de revestimento, como alumínio, chapa galvalume ou aço inox", explica Eduardo Abrahão, representante comercial da marca. Independente do material, as câmaras são sempre isoladas com poliuretano.

Para o mercado de pescados, o representante afirma que o aço inox é mesmo a opção mais indicada. "Quando a câmara será utilizada em um congelamento, em busca de uma maior conservação sem contaminação, o aço inox é o melhor e mais higiênico. Além disso, é resistente a agressividade do sal, por exemplo."

Com relação aos fornos, na hora de preparação dos pescados, a tecnologia pode ser um diferencial de mercado. Para o food service, pode ser vantajosa a utilização de um equipamento "vários em um". Essa é a aposta da Prática, que desde 1991 atua na fabricação de fornos profissionais e, durante a Sial, deu destaque ao forno combinado. Leonardo Ulisses, consultor técnico da empresa, explica que esse equipamento reduz o consumo de óleo em 90%, a mão de obra em 30% e o tempo de preparo dos alimentos em até 50%. "A cozinha moderna necessita de um forno combinado ou fica atrasada".

O equipamento assa, frita, grelha, cozinha e gratina, tudo isso sem esquentar exteriormente. "Você não precisa mais de fogão, chapas, fritadeiras. Isso evita aquela loucura na cozinha, o que aumenta também a segurança no ambiente."

 

especial 4Ultracongelamento: “sem sabor de comida congelada”

Ter produtos pré-prontos em restaurantes também pode ser uma boa ideia, já que a velocidade no preparo de pratos é crucial. Além de fornos, a Prática trabalha com equipamentos para ultracongelamento. "Essa máquina é muito utilizado no preparo de peixes, em um processo chamado cook and chill". Você pré-prepara o alimento no forno combinado, coloca no ultracongelador e depois, na hora de preparar o prato, regenera o pescado no forno.

O ultracongelador congela instataneamente o alimento na temperatura necessária. "Por exemplo, a Vigilância Sanitária pede que o alimento esteja a 70ºC, pelo menos, para ser considerado seguro. Você retira o pescado do forno com essa temperatura e coloca no ultracongelador. Na hora de servir, você regenera e ele não fica com gosto de congelado", afirma Ulisses.

caminhão, congelador, embalagem, expo, feiras, fispal, food service, forno, forno combinado, geladeira, restaurante, SIAL, vácuo

 
publicidade 980x90 bares
 

Notícias do Pescado

 

 

 
SeafoodBrasil 2019(c) todos os direitos reservados. Desenvolvido por BR3