Estudo defende subprodutos de peixes como alternativa sustentável

Estudo defende subprodutos de peixes como alternativa sustentável

27 de outubro de 2014

Crédito da imagem: University of Michigan Sch

A sustentabilidade está sempre em pauta, principalmente no mundo dos pescados. Juntamente com isso, a busca por novas fontes de colágeno e gelatina, biomoléculas de grande valor comercial também cresce.  Para unir essas soluções, uma pesquisa está sendo desenvolvida na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

A tese de doutorado de Helane Maria Silva da Costa está trabalhando com a extração dessas biomoléculas em subprodutos da indústria pesqueira, o que é bastante rentável e ainda ajuda na redução dos impactos ambientais gerados por este setor. Intitulada “Extração, purificação e caracterização de proteínas de interesse industrial a partir de resíduos do processamento dos peixes bijupirá (Rachycentron canadum), pirarucu (Arapaima gigas) e xaréu (Caranx hippos)”, a tese foi orientada pelo professor Ranilson de Souza Bezerra.

O colágeno e a gelatina têm propriedades importantes e são muito usados na indústria alimentícia e da beleza, como já informou o Seafood Brasil e a pesquisa da especialista do IPIMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), Dra. Maria Leonor Nunes.

Atualmente, os compostos são extraídos, em sua maioria, de bovinos e porcos. Entretanto, os pesquisadores procuraram meios alternativos de se chegar ao produto. Ao mesmo tempo, está acontecendo um crescimento no consumo de peixes. Assim, cresce também o volume de subprodutos descartados no processamento do pescado, aumentando a matéria prima para ideias como a da doutoranda Helane.

“Os resultados prévios têm demonstrado que, além de sua utilização in natura pela indústria de cosméticos e alimentos, os biomateriais desenvolvidos à base de colágeno e gelatina pelo nosso grupo apresentam potencial para aplicações que vão desde o revestimento de alimentos até aplicações não só nas indústrias farmacêutica e de alimentos, mas também na construção civil”, diz a pesquisadora.

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