Integração de atividades rurais gera frutos no Brasil

Crédito da imagem: eutrophication&hypoxia

O sistema de integração de atividades produtivas rurais é a novidade pelo País. No Mato Grosso do Sul, a produção leiteira e piscicultura estão juntas.

Francisco José Rigato, produtor leiteiro na região mato-grossense, teve a ideia de incorporar a piscicultura em sua propriedade e, assim, melhorar sua renda mensal: “Nós tínhamos 16 hectares aqui em Glória de Dourados. Mas, com o falecimento do meu pai, essa terra foi dividida entre eu e mais dois irmãos. Com 5.6 hectares, ficou mais difícil produzir e a renda de cada um de nós diminuiu. Precisávamos buscar uma forma de manter o nosso antigo padrão de renda. Nós usávamos a técnica de irrigação para a produção do leite, então já contávamos com uma certa infraestrutura”, afirmou Francisco Rigato, em entrevista ao Jornal Correio do Estado.  

O técnico da Agraer, Edwin Baur, sugeriu o aproveitamento do tanque de 540 m² do sistema de irrigação para iniciar a produção de peixe, no caso, de tilápias e a tática está sendo um sucesso.

A preocupação dos produtores locais hoje é com a comercialização da produção. Atualmente, eles estão vendendo para a comunidade local e, também, para o governo federal, que tem um programa que pagava R$ 4.800 por ano para cada produtor, em 2013, e passou a pagar R$ 6.800. Para 2015, o governo já garantiu que pagará R$ 10.500 a cada produtor que entregar a pesagem correta de pescado.

“A criação de peixes no município de Glória de Dourados em tanques de lona é um sistema de cultivo intensivo, com renovação contínua de água. Esta alternativa apresenta vantagens do ponto de vista técnico, ecológico, social e econômico sobre o extrativismo e a piscicultura tradicional”, explica Baur em entrevista ao Jornal.

A taxa média de estocagem foi de 5,86 peixes por m³. Com 135 dias, eles atingiram peso médio de 600 gramas. A conversão alimentar foi de 1,3kg de ração para 1 kg de peixe. Na região, 30 produtores locais já estão investindo na produção.