Mar ácido deve prejudicar camarão, diz pesquisa brasileira
03 de dezembro de 2014
Crédito da imagem: Tony Alter
Acidez do mar põe camarão em risco, diz estudo de pesquisadoras da Unesp em São Vicente, Alessandra da Silva Augusto e Tânia Maria Costa, ao simular mudanças dessa característica da água até o final do século.
A bióloga Alessandra da Silva orientou um estudo analisando o camarão sete barbas. A pesquisa uniu os dados do painel intergovernamental de mudança climática, criado pela Organização Meteorológica Mundial e Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que concluiu que o PH do mar, que hoje fica entre 8 e 8,2 deve chegar a 7,3 em 2100 e analisou como seria a fisiologia do animal nesse cenário.
“É o pior cenário que temos. Pegamos essa situação provável e real e acompanhamos as alterações fisiológicas que ocorreram com o camarão. O animal foi escolhido pela quantidade na região e pelo interesse econômico”, disse Alessandra em entrevista a Tribuna do Norte.
A principal mudança foi no metabolismo do animal, que ficou no estado basal – aquele que se atinge quando se está dormindo. “A menos acidez do mar não indica necessariamente que ela vá morrer, mas pode crescer menos e não se reproduzir, o que pode levar ao fim da espécie e acabar com a economia que gira em torno desse crustáceo”, afirma Alessandra.
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