Marine Harvest, maior do mundo no salmão, tem lucro recorde em 2016; Chile lança relatório de sustentabilidade

Marine Harvest, maior do mundo no salmão, tem lucro recorde em 2016; Chile lança relatório de sustentabilidade

Norueguesa projeta despescar mais de 400 mil toneladas de salmão em 2017; entidade chilena lança relatório em que aponta quantidade de antibióticos

20 de fevereiro de 2017

A maior empresa de cultivo de salmão no mundo, a Marine Harvest, anunciou recentemente que teve um lucro operacional (Lajir, lucro antes de juros e impostos) recorde de 259 milhões de euros no último trimestre de 2016. O resultado é surpreendente até para a própria empresa, que em 2015 teve lucro operacional de 90 milhões de euros no mesmo período.

Os bons resultados, aliados a um mercado fortalecido, motivaram o Conselho de Administração a permitir dividendos de 2,80 coroas norueguesas (equivalente a R$ 1,03, na cotação de 20/02/17) por ação, já que a empresa tem capital aberto.

O CEO da gigante norueguesa, com forte atuação também no Canadá, Chile e Escócia, confirma que a situação do mercado colaborou com o resultado. "Impulsionados pelos altos preços do salmão, forte demanda e redução da oferta, alcançamos resultados operacionais recordes no quarto trimestre. É muito encorajador ver um forte desempenho operacional em todas as nossas divisões", disse Alf-Helge Aarskog.

Para o ano todo, o lucro operacional foi de 700 milhões de euros, ante 347 milhões de euros em 2015. "2016 foi um grande ano para a Marine Harvest, com lucros e geração de fluxo de caixa recordes", indica Aarskog. As vendas operacionais do quarto trimestre representaram 1,018 milhões de euros, com despescas de 99,634 mil toneladas.

Para este ano, a gigante do salmão espera uma produção de 403 mil toneladas, o que segue as diretrizes definidas anteriormente pela empresa. O salmão de origem norueguesa teve um Lajir por kg de 2,70 euros no último trimestre, enquanto o salmão de origem escocesa ou canadense registrou lucro operacional de 1,83 euros e 3,33 euros, respectivamente. No caso do salmão chileno, o Lajir operacional foi de 2,61 no trimestre.

Já a divisão de produtos ao consumidor geraram um lucro operacional de 22,9 milhões de euros, enquanto a produção de rações registrou um Lajir de 10,8 milhões. "Continuamos a fortalecer os esforços na América do Norte, com a abertura da nova planta em Dallas (EUA) no fim do último trimestre e uma nova estrutura de valor agregado na Columbia Britânica (Canadá) no fim do segundo trimestre de 2017", diz o CEO.

Segundo ele, a empresa também deve adquirir ativos de fazendas de cultivo na costa leste do Canadá, o que no futuro poderá incrementar a remessa de produtos da empresa para a América do Norte.

Relatório de sustentabilidade no Chile

Embora haja defasagem de um ano, já que cobre as atividades realizadas em 2015, a SalmonChile, associação que reúne os principais produtores de salmão no Chile, lançou seu relatório de sustentabilidade com diversos indicadores nas áreas ambiental, sanitária, social e laboral do setor, com dados de cada associada.

Tão criticados em todo o mundo, inclusive no Brasil, os antibióticos usados no cultivo do salmão ganharam menção especial no estudo. Segundo a entidade, em 2015 foram usados 516 gramas de antibióticos para cada 1000 kg de salmão despescado em terapias para combater enfermidades como a Síndrome da Enfermidade Rickettsial do Salmão (SRS).

“Pela primeira vez a indústria mostra completamente seus diferentes impactos", diz Felipe Sandoval, presidente da SalmonChile. Ele reconhece que a indústria local está em processo de mudança. "Queremos nos adaptar aos novos tempos, nos quais sabemos que as exigências são mais profundas, por isso queremos ser transparentes e próximos às nossas comunidades."

Acesse aqui o relatório (em espanhol).

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