Mato Grosso pode se tornar maior produtor de pescado do país
20 de outubro de 2014
Crédito da imagem: U.S. Department of Agriculture
Pesquisa realizada pelo Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado avalia o setor de piscicultura no Estado e atesta a tendência de que MT pode se tornar o maior produtor do Brasil, porém existe uma necessidade de investimentos.
Atualmente, o Paraná tem a maior produção do país, são 80 mil toneladas anuais. O Mato Grosso tem uma produção anual que já supera 60 mil toneladas/ano, atestou o estudo. "A maioria da produção é destinada para o consumo no Estado, cerca de 72%", diz um trecho do material.
"O resultado é otimista. Mato Grosso tem potencial para ser líder, mas é preciso investir na cadeia de produção", disse o gestor de Projetos do Imea, Daniel Latorraca, que participou do trabalho, em entrevista ao Globo Rural.
A metodologia do estudo foi: percorrer 28 municípios produtores, em 10 meses. Ouvir 231 produtores (o equivalente a 20% do total), além de 16 frigoríficos e pontos de comercialização de peixe.
Porém, um dos problemas notados pelo estudo foi a falta de profissionalização, afinal a mais de 55% dos piscicultores começaram na atividade há menos de cinco anos e "para muitos produtores, a atividade ainda é tratada quase como um hobby, no máximo uma atividade secundária na propriedade. Isso é algo que tem de mudar para que o mercado seja consolidado", disse o superintendente do Imea, Otávio Celidônio, disse em entrevista ao Globo Rural.
Outro problema foi o licenciamento ambiental. "A falta de estratégia pública para o desenvolvimento da cadeia gera leis complexas e burocráticas em relação ao meio ambiente", aponta o estudo.
De acordo com o estudo, o consumo de pescado no país está crescendo, porém os níveis de exigências também cresceram. "A indústria deve explorar um produto de baixo custo, de fácil acesso e preparo para o consumidor final, com o propósito de competir diretamente com os filés importados de peixes congelados”, diz a pesquisa.
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