MT espera visita de Barbalho para cobrar demandas: criar panga está na pauta
A cadeia produtiva do Mato Grosso espera com ansiedade a visita do novo ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho. Uma carta de demandas à qual a Seafood Brasil teve acesso foi apresentada em 15 de janeiro, em Brasília, motivando a programação de uma viagem do novo titular do MPA que deve se concretizar nesta semana.
26 de janeiro de 2015
Crédito: Arquivo/Seafood Brasil
A cadeia produtiva do Mato Grosso espera com ansiedade a visita do novo ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho. Uma carta de demandas à qual a Seafood Brasil teve acesso foi apresentada em 15 de janeiro, em Brasília, motivando a programação de uma viagem do novo titular do MPA que deve se concretizar nesta semana.
A agenda do ministro ainda não está disponível no site do MPA, mas a entidade que congrega os produtores no Estado (Aquamat) tem esperança de que ela ocorra no início de fevereiro, após o cancelamento da semana passada. Na última terça-feira, Barbalho recebeu o senador eleito pelo MT, Wellington Fagundes, para discutir o potencial da região.
O ministro deverá visitar municípios da Bacia do Alto Paraguai, como Nortelândia e Alto Paraguai, bem como Sorriso e Campo Verde. Segundo o MPA, haverá um sobrevoo pelo reservatório de Manso, cuja área estimada para aproveitamento da aquicultura é de 40 mil hectares de lâmina d’água. Na programação oficial, Barbalho lançará o Programa Nacional de Sanidade de Animais Aquáticos de Cultivo – Aquicultura com Sanidade.
Extraoficialmente, o ministro terá de responder ainda às pautas propostas pela Aquamat. Uma delas é a intercessão junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) e Agência Nacional de Águas (ANA) para incrementar a área disponível para cultivo de pescado e resolver entraves jurídicos.
Outras demandas dizem respeito a atuação junto ao Ibama para cultivo de tilápia em tanques-rede em lagos federais situados no Estado, estímulo a tanques-rede de grande volume, criação de uma linha de crédito com juros subsidiados para frigoríficos, aprimorar a superintendência regional do MPA, divulgar internacionalmente os peixes nativos, desonerar rações de peixes e outros itens.
O relatório inclui ainda uma novidade: os produtores locais querem autorização para cultivar o panga em território nacional. "Grande parte da produção asiática deste peixe se faz com grãos produzidos no Brasil, o que significa que a produção aqui no Brasil pode tornar este peixe aqui mais competitivo do que o produzido na Ásia e assim nos transformarmos em grande exportadores de peixes", diz a Aquamat. Na visão da entidade, a produtividade média nacional em viveiros escavados é da ordem de 7 a 10 toneladas por hectare com outras espécies, enquanto o panga é de 100 a 800 toneladas por hectare.
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