Pescanova: bancos perdoam dívida e assumem companhia

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Parte da dívida da Pescanova deve ser perdoada e empresa praticamente livra-se da liquidação. O titular do 1º Juizado Mercantil de Pontevedra, noroeste de Espanha, aceitou a proposta dos bancos credores da Pescanova para modificar o convênio da companhia pesqueira com o grupo Damm y Luxempart. Pela proposta de viabilidade financeira, 60% da dívida da Pescanova deve ser perdoada.

A Pescanova enviou ontem uma nota relevante à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV), que confirma o acordo entre o consórcio e os G- 7 dos bancos credores, que são: Sabadell, Popular, CaixaBank , Banco NCG , BBVA , Bankia e UBI Banca, que aglutinam 30 % da empresa. Na ocasião, o juiz deu aos novos patrocinadores do acordo o prazo de 24 horas para obter o apoio da maioria dos credores para as alterações da nova proposta entrarem em vigor.

O novo acordo permitirá aos credores arrecadar mais de 300 milhões de euros do que os que estavam contidos no plano inicial e, por sua vez, as entidades bancárias assumem a oferta de financiamento do convênio e realizarão uma injeção de capital de 125 milhões de euros. Desta maneira, o controle quase total da instituição passa para os bancos, que assumem o consórcio no lugar da Damm y Luxempart. A abordagem dos bancos, cuja dívida chegava aos 3.5 bilhões de euros, é que os créditos sejam reconhecidos no montante de 1 bilhão de euros.

Segundo o Jornal de Negócios de Portugal, a Pescanova conseguiu que 63,65% dos seus credores financeiros apoiassem o acordo apresentado no sentido de evitar a liquidação da empresa pesqueira.

“Considera-se que este é um momento histórico, que marca o início de uma nova fase, em que o grupo se manterá como uma das grandes multinacionais galegas e uma referência na atividade pesqueira e aquícola”, sublinhou a empresa em comunicado ao CNMV.