Muito além do shoyu! Ajinomoto mira expansão no Brasil e foca em pratos congelados
08 de agosto de 2014
Crédito da imagem: Jorge Mejía Peralta
O Brasil sempre foi um território importante para a Ajinomoto, é o terceiro mercado mundial para a empresa. É do território nacional que sai a cana-de-açúcar usada para produzir os aminoácidos da Ajinomoto, consumindo 1% da produção brasileira desse produto. Porém, agora a multinacional japonesa quer entrar em outras fatias de mercado, os pratos prontos congelados.
Ano passado a Ajinomoto lançou uma linha de shokyo, a Satis, como já informou o Seafood Brasil. Agora, o presidente global da empresa, Masatoshi Ito, em entrevista ao Valor Econômico, contou, sem detalhar a operação, que o foco será o produto congelado. ”É preciso busca novos mercados”, disse Ito. No Japão, a marca é líder no seguimento.
Para possibilitar essa operação, o presidente da fabricante no Brasil, Takaaki Nishii, negocia com parceiros para fazer uma distribuição adequada dos produtos.
Produto em alta
[caption id="attachment_5452" align="alignright" width="384"] Crédito da imagem: Tobias Mandt[/caption]
Os congelados continuam ganhando destaque no país. Segundo o professor Cláudio Felisoni, presidente do Conselho do Provar – Programa de Administração do Varejo da FIA – Fundação Instituto de Administração, em comunicado, a ascensão da classe média pede pela praticidade trazida pelos produtos congelados e se adequar ao novo poder aquisitivo dessa população, por isso o mercado é promissor e está recebendo investimentos, como já informou o Seafood Brasil.
Para ganhar esse mercado novo no Brasil, outras empresas internacionais também estão se preparando. O Walmart, por exemplo, está com um novo diretor-presidente da divisão internacional, David Cheesewright, que presente levantar as operações da empresa, principalmente no Brasil, China e México.
"Brasil é um forte mercado para se investir"
[caption id="attachment_5453" align="alignleft" width="269"] Crédito da imagem: Divulgação Walmart[/caption]
“Temos que dar uma virada nas nossas operações no Brasil. Já estamos falando nisso há algum tempo, mas creio que temos algumas pessoas de alto calibre por lá e estamos animados com os resultados recentes do país. O lado positivo das operações internacionais é que ainda há mercados com bons índices de crescimento, como o Brasil, China e México. Considerando os países onde operamos atualmente e olhando para o futuro, nos próximos dez anos, vemos que temos acesso a mais de 50% do crescimento que vai ocorrer no planeta”, disse Cheesewright, em entrevista ao The Wall Street Journal Americas.
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