Netuno vai fornecer tilápia para as Olimpíadas

Netuno vai fornecer tilápia para as Olimpíadas

Mais de 14 milhões de refeições poderão ter tilápia da empresa, que acaba de ser certificada pela ASC

03 de junho de 2016

Desde que o Comitê Olímpico da Rio-2016 determinou que o fornecimento de pescado para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos deveria ser certificado, algumas empresas se interessaram em obter selos de certificadoras internacionais para se credenciarem a fornecer aos atletas.

Além de ser uma vitrine internacional, é um grande negócio em si. Estima-se que mais de 14 milhões de refeições serão servidas durante os Jogos - operação considerada  maior negócio de catering do mundo.

Algumas desistiram pelo caminho. Não foi o caso da Netuno, que anunciou hoje (03/06) a conquista da certificação para a tilápia do Aquaculture Stewardship Council (ASC), do mesmo grupo do Marine Stewardship Council, órgão privado que certifica pescarias que respeitam determinados preceitos de sustentabilidade definidos pelo Código de Conduta de Pescarias Responsáveis, da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU).

A unidade produtiva de Paulo Afonso (BA) passou por um processo de adaptação às normas do ASC que foi conduzido pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS). De acordo com o vice-presidente André Brugger, consultor da Netuno, essa é a primeira certificação do gênero no Brasil.

“Nós estudamos o mercado e os protocolos de todos os programas de certificação disponíveis e o que se adequava à nossa ambição era o ASC", disse em nota. "Acreditamos que a certificação ASC vai beneficiar as exportações brasileiras porque vai mostrar um compromisso com o desenvolvimento sustentável sócio-ambiental. Operadores que pretendem melhorar seus números no comércio internacional devem se tornar certificados."

Entre as medidas adotadas para a homologação do selo, a Netuno teve de treinar sua equipe para controlar dados críticos, como a taxa de fugas, situações com predadores e o cálculo da pegada de fósforo e nitrogênio provenientes da produção.

Crédito da Foto: Marcelo Borba/Phileo

 

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