Novo caso de descarte de pescado em lixão provoca indignação nas redes
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Novo caso de descarte de pescado em lixão provoca indignação nas redes

semana passada um vídeo sobre o descarte de duas toneladas de camarão rosa em um lixão do Espírito Santo também viralizou nas redes sociais

02 de setembro de 2020

Um novo caso de pescado descartado em lixão no Espírito Santo ganhou destaque nas redes sociais desta terça-feira (01/09). Conforme a publicação da página do escritório de advocacia Ernesto São Thiago, que já atua no caso anterior, as informações preliminares indicam que a carga foi apreendida novamente pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF/ES) na divisa com o Rio de Janeiro, em Bom Jesus do Norte.
 
Procurado pela Seafood Brasil, o Idaf confirmou que na última terça-feira (01), a equipe do Posto de Fiscalização Agropecuária de Mimoso do Sul, do Idaf, identificou o transporte de duas cargas irregulares de pescado, uma durante a madrugada, e outra pela manhã. Conforme o Idaf, as duas cargas estavam sem registro junto ao Serviço de Inspeção Federal (SIF), e que também seriam comercializadas em local sem o devido registro.
 
"Para esse tipo de situação, a legislação determina apreensão e destruição da carga, além de multa. Não há respaldo legal para rechaço (devolução à origem) nem doação da carga para o caso de produtos clandestinos", comentou.
 
Conforme ele, todo produto de origem animal deve, obrigatoriamente, ser processado em estabelecimento registrado junto ao SIF, conforme previsto nas legislações federal e estadual. "A fiscalização desses locais é baseada em normas, padrões de higiene e leis que visam eliminar ou minimizar riscos de contaminação por microrganismos, toxinas, parasitas, substâncias químicas ou outros agentes nocivos à saúde humana. A nota fiscal e o Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP) não atestam a condição sanitária da carga".
 
O Idaf ainda destacou que a carga foi descartada em aterro sanitário e a ação de descarte contou com o apoio da Polícia Militar Ambiental (PMES).
 
Segundo a publicação da advocacia, a carga estaria vindo do Ceasa no Rio de Janeiro (RJ) para ser vendida em uma peixaria de Vitória (ES). Teriam sido descartadas quase 3 toneladas de pescado: 1,6 tonelada de camarão vannamei produzido no Ceará, 1 tonelada de tilápia produzida no MS, 200 quilos de corvina e 100 quilos de sardinha selvagens.
 
Caso de descarte viralizou nas redes sociais
 
Na semana passada um vídeo sobre o descarte de duas toneladas de camarão rosa em um lixão de Cachoeiro de Itapemirim, no (ES), também viralizou nas redes sociais. A carga apreendida por fiscais do Idaf, foi comprada por um comerciante da região, mas, como ele mesmo explicou, a mercadoria não tinha um selo do SIF.
 
Durante uma live realizada no canal da Youtuber e deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), o secretário da Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Jr., defendeu o comerciante e afirmou que os camarões estavam “devidamente documentados”. Conforme Seif, os fiscais ainda teriam pedido uma propina para a liberação da carga.
 
Durante a live, Mario Louzada, diretor-presidente do Idaf, comentou na publicação que tanto a apresentadora quanto o secretário estariam mentindo sobre as acusações. “Não consigo imaginar que são tão incompetentes, mal informados e ignorantes como se apresentam, acho que é má fé mesmo. Nos encontramos na Justiça”, ameaçou.
 
Louzada já havia defendido a atuação dos fiscais e rechaçado a possibilidade de retorno ao Estado de origem ou doações da mercadoria.
 
À Seafood Brasil, o advogado dos proprietários do barco que pescou os camarões descartados em 18 de agosto no Espírito Santo contrariou a versão dos fiscais do Idaf de que a carga não estava acompanhada de nota fiscal com a inscrição do fornecedor no SIF.
 
 

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