Pesca irregular gera perdas de 300 milhões para Guiné-Bissau
29 de agosto de 2013
Crédito da imagem: Jeff Attaway
O presidente do Sindicato Nacional dos Marinheiros da Guiné-Bissau (Sinamar), João Cá, quer que as autoridades do país aumentem o controle de navios de pesca estrangeiros, disse em declaração à agência Lusa.
De acordo com o sindicalista, parte do peixe capturado na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) guineense é jogado fora, violando a lei, porque muitos navios pesqueiros se preocupam exclusivamente com a captura do camarão.
João Cá estima que o prejuízo anual com esta prática seja cerca de 300 milhões de reais em peixe desperdiçado, número que é considerado exorbitante pelo Ministro de transição de Pesca, Mário Lopes da Rosa.
A União Europeia (UE) é atualmente a principal parceira comercial da Guiné-Bissau na área dos pescados.
De acordo com as contas de João Cá, o país ganha atualmente 21 milhões de reais/ano com o Fundo de Compensação da UE para o setor, mas se existisse um controlo rigoroso da pesca e se o desperdício fosse evitado, seria possível "ganhar muito mais".
"Cada vez que um navio de arrastão manda a rede para o mar, captura mais de 500 quilos de camarão, mas também apanha muito peixe: como não é aquele que querem, atiram-no ao mar e é muito dinheiro que se perde", acrescentou o sindicalista.
O presidente do Sinamar disse já ter alertado as autoridades guineenses para o assunto e em várias ocasiões, mas se queixa de ninguém ter tomado qualquer medida para alterar a situação ainda.
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