Pescado corresponde a quase 9% de todas as importações do agro em 2016; déficit diminui
Diferença entre importações e exportações caiu 5%, mas segue próxima de US$ 1 bilhão
19 de janeiro de 2017
O Brasil continua a ser um excelente cliente para os exportadores de pescado mundo afora. Embora os dados do sistema AgroStat (Mapa) compilados pela Seafood Brasil mostrem uma leve diminuição na receita com compras no exterior em 2016 ante o ano anterior (-2%), o volume cresceu 7%.
O déficit na balança comercial segue enorme diante do nosso potencial produtivo (US$ 920 milhões no ano passado), mas teve um pequeno alívio (5%) motivado por um aumento nas exportações de 7% em receita e 14% em volume.
Com isso, dentro do tradicionalmente exportador agronegócio brasileiro, o pescado é o quarto item mais importado pelo País, com 8,49% de participação na receita. No total, o Brasil importa US$ 13,6 bilhões em produtos agropecuários.
Os peixes, crustáceos e moluscos só perdem para cereais (22,99%), produtos florestais (10,75%) e hortícolas (9,94%). O setor está acima de produtos oleaginosos (6,04%) e frutas (5,40%), por exemplo.
Pará lidera exportações
As exportações mostraram uma reação razoável no ano passado e a expansão em volume evidencia que o desempenho não se deve tanto à oscilação cambial. O Pará é o líder do ranking nacional de Estados exportadores de pescado, com sua oferta de pescado selvagem apreciada na Europa.
O Estado nortista vendeu 11% mais em 2016, totalizando 7 mil toneladas e US$ 55,8 milhões. O camarão e lagosta cearenses vêm na sequência do ranking, seguidos pela oferta selvagem de Santa Catarina. Mas o Rio Grande do Sul é que foi responsável pelo maior volume (10,8 mil toneladas).
Veja o desempenho dos demais Estados na exportação de pescado em 2016:
agronegócio, AgroStat, balança comercial do pescado, exportação de pescado, frutos do mar, peixes