Pescado europeu mais caro neste final de ano

Pescado europeu mais caro neste final de ano

European Fish Price Report indica que produtos congelados como camarões e lagostas com alta nos preços para as festas de dezembro

21 de dezembro de 2018

A edição de novembro do European Fish Price Report - uma publicação mensal da Globefish - veio para comprovar as estimativas da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU) divulgadas em outubro. Segundo o relatório anterioros preços do pescado Europeu subiriam para todos os tipos, sejam frescos, congelados, salgados ou secos.

O documento, que fornece análise sobre o comércio mundial de pescado, indica que as negociações para o período de vendas das festas de final de ano estão em andamento, particularmente para produtos congelados, como camarões e lagosta - mais populares nesta época -, fazendo que os valores de mercado subam.

O bacalhau salgado, um importante componente da cozinha do sul da Europa, também mostra alta nos preços. O estudo aponta que condições meteorológicas difíceis no Atlântico Norte limita a pesca para a Islândia e frotas de pesca das Ilhas Faroé.

Como resultado, são poucos peixes disponíveis para a produção de filés de bacalhau salgado originados do peixe fresco (Gadus morhua), fazendo com que o valor dos congelados também suba. Por outro lado, a demanda e disponibilidade limitada da polaca do Alasca no mercado de Moscou igualmente conduz à tendência de elevação dos preços.

De acordo com a edição de novembro, há boa captura de atum no Oceano Atlântico, com estoques saudáveis de matéria-prima em fábricas de conservas locais, o que faz cair os preços do skipjack e do yellowfin. Já nos mercados europeus, o skipjack também despenca enquanto o yellowfin permanece estável. O yellowfin cozido e os lombos limpos continuam a aumentar.

A análise também informa aumento na oferta de polvo de várias regiões da Indonésia. Espera-se que continue assim até o início do próximo ano, apesar do mau tempo em algumas áreas, especialmente no Mar de Java. No geral, a tendência ascendente dos preços da matéria-prima de polvo provavelmente será mantida e a forte demanda do mercado continua, apesar dos baixos volumes de captura.

No final de outubro o volume de camarão cultivado da Indonésia havia aumentado, porém caiu no início de novembro, devido à variação de temperatura que prejudica o crescimento. A publicação mostra que os preços diminuíram com crescimento da oferta no final do mês passado, mas acredita que subam em breve. Geralmente o fornecimento de matéria-prima tem sido bastante estável, deixando os preços também equilibrados, mas indica que com a mudança de tempo e a proximidade do Natal, os valores das matérias-primas vão começar a aumentar.

A pesquisa ainda aponta que os preços médios de exportação de salmão do Atlântico da Noruega atingiram NOK 58,29 (US$ 6,70) por kg na semana 45 de 2018, de acordo com o índice FishPool. Isso é 18% acima do mesmo período em 2017, uma reversão da tendência anterior que viu os preços se manterem abaixo dos níveis do ano passado.

O Conselho Norueguês de Frutos do Mar (NSC) relatou um total de 104.000 toneladas de salmão exportado, no valor de NOK 6,5 bilhões (US$ 750 milhões). As exportações para a Polônia e os Países Baixos, ambos importantes re-exportadores subiram acentuadamente, refletindo uma procura forte e generalizada de salmão da UE.

O European Fish Price Report ainda revelou que a previsão para o mercado de salmão do Atlântico cultivado mudou um pouco nas últimas semanas. Com o número grande de competidores se espera um crescimento menor da produção no final de 2018 e 2019, com preços mais altos.

A publicação indica que os volumes de abastecimento de truta cultivada da Noruega estão se normalizando após dois anos de baixas colheitas: a biomassa aumentou 14% em relação ao ano anterior. E a demanda de uma série de mercados geograficamente dispersos, como a Bielorrússia e os Estados Unidos, mantém os preços para a truta norueguesa relativamente altos.

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