Piscicultura de SP na mira da Seafood Brasil: noroeste paulista recebe visitas

As visitas da Seafood Brasil ao interior paulista, para avaliar algumas das principais pisciculturas do Estado, prosseguiram em maio com visitas aos projetos da Âmbar Amaral, Royal Fish, Santa Helena, Zippy e GeneSeas. A reportagem completa o leitor confere na edição #9 da revista Seafood Brasil.

E não são poucas as novidades encontradas. Na Âmbar Amaral, um grupo de Santa Fé do Sul (SP) que reúne um frigorífico de peixe, uma fábrica de ração e uma piscicultura, entre outras atividades, a ordem é investir mesmo que o cenário econômico seja incerto. Antonio Ramon Amaral, um dos sócios do conglomerado, ao lado de outros dois irmãos, conta que todos os segmentos da empresa estão se expandindo.

Ampliação também é o lema atual do projeto de piscicultura da Royal Fish, localizado em Santa Clara do Oeste, próxima a Santa Fé do Sul. Mesmo com a seca atingindo boa parte do estado, o gerente de produção, Gilmar Pessi, garante: a empresa investirá em novas áreas e deve ampliar sua capacidade de abate de 160 toneladas/mês para, possivelmente, até o final de 2016, 500 toneladas/mês.

No projeto da Santa Helena Fish Farm, próximo a Ilha Solteira, o segredo do negócio é a tecnologia. Ao investir em um software de gestão moderno e eficiente, a piscicultura automatizou praticamente todo o seu processo de produção. “Sem o software da Inova não dá para trabalhar. Só com planilha de Excel é muito difícil. Não sei como vivíamos sem ele”, brinca o bem-humorado gerente de produção, Flávio Ferreira Pinto.

Já a Zippy aposta em um intenso processo de reestruturação, após o fundo Brazpeixes assumir o comando no final de 2014. E os projetos não podiam ser maiores: parte da nova direção, encabeçada por Rafael Belmonte, executivo com larga experiência em piscicultura, pretende reconduzir a marca Zippy ao posto de uma das principais referências do mercado.

Também próximo à região de Santa Fé do Sul, o projeto de piscicultura da GeneSeas lança um importante desafio, ao apostar em um forte programa de biossegurança. A ideia dos donos do frigorífico é impactar parte da cadeia e criar um efeito cascata. Assim, se todos atuarem em conjunto, os rios paulistas estariam livres de futuros problemas que poderiam impactar a piscicultura do Estado.

Texto: Itamar Cardin, repórter Seafood Brasil no Noroeste Paulista