Por substância cancerígena, EUA barram salmão chileno; SalmónChile nega
19 de julho de 2013
Crédito da imagem: whologwhy
A agência Efe informou que os Estados Unidos suspenderam toda a entrada de salmão fresco e congelado oriundo da unidade chilena da multinacional norueguesa Marine Harvest, após a descoberta, em 5 de junho, de um carregamento contaminado com um produto químico cancerígeno.
A informação foi concedida à agência pela organização não-governamental (ONG) Ecoceanos, que afirmou que a Food and Drug Administration (FDA, por sua sigla em Inglês), suspendeu a entrada após averiguar a presença de Cristal Violeta, um químico antifúngico proibido no Chile e nos EUA, por seus efeitos cancerígenos.
Segundo a ONG Ecoceanos, esta foi a primeira expedição ao mercado dos EUA feita após um período de interrupção pela empresa norueguesa. O Cristal Violeta, também conhecido como violeta genciana, é usado para a remoção dos fungos, tanto na indústria de curtumes quanto na indústria de criação de salmão.
No vídeo abaixo, o diretor da ONG, Juan Carlos Cárdenas, explica em entrevista à CNN as implicações do uso do químico no salmão:
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O SalmónChile, associação que representa os interesses da indústria salmoneira do Chile publicou ontem um comunicado em que rechaça as afirmações de que a substância seja usada no Chile. "A Marine Harvest assegura que não usa o Cristal Violeta em todos os processos de produção e também tem um programa de Segurança Alimentar, implementado em toda a área de cultivo, que garante que 100% do peixe capturado seja livre da detecção de Cristal Violeta", diz.
Ainda assim, a entidade garante que irá investigar o caso. "SalmonChile solicitou toda a informação necessária às autoridades nacionais, internacionais e à empresa Marine Harvest com o objetivo de esclarecer o quanto antes esta informação", diz o comunicado.
Veja a íntegra do comunicado completo aqui (em espanhol).
Estados Unidos, Marine Harvest, meio ambiente, salmão, sustentabilidade