Preços do salmão disparam mais de 50% no primeiro quadrimestre de 2013

Preços do salmão disparam mais de 50% no primeiro quadrimestre de 2013

O preço do salmão chileno não para de subir desde o início do ano no Brasil. No último mês de abril, em comparação ao mês anterior, as importações do salmão Salmo salar, ou Salmão do Atlântico, ficaram 6% mais caras.

21 de junho de 2013

Crédito da imagem: snowpea&bokchoi

O consumidor pode ainda não ter se dado conta, mas importadores, distribuidores, o varejo e o food service estão assustados. O preço do salmão chileno não para de subir desde o início do ano no Brasil. No último mês de abril, em comparação ao mês anterior, as importações do salmão Salmo salar, ou Salmão do Atlântico ficaram 6% mais caras, embora o volume comercializado tenha caído iguais 6%.

Mas o resultado mais impressionante surge com a comparação de março com fevereiro, quando houve um salto de 35% no preço em US$ FOB, acompanhado de uma alta de 13% nov volumes importados pelo Brasil. Na comparação do primeiro quadrimestre de 2013 com o mesmo período do ano passado, a porcentagem de aumento no preço chega a 50%.

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As informações estatísticas que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) dispõe por meio do AliceWeb mostram que, entre janeiro e abril, as compras somaram 19.384 toneladas, 21% mais que o mesmo período de 2012. O faturamento chegou a US$ 103,6 milhões. O preço médio FOB para o período foi de US$ 5.345, 12% mais caro que os US$ 4.765 pagos entre janeiro e abril de 2012.

A ocorrência de uma nova infestação do piolho de mar do salmão, conhecida localmente como doença do Cáligus (Caligus rogercressey), é uma das principais causas elencadas. Mas o aumento da oferta de salmão disponível no ano passado, que conduziu uma queda nos preços, pode ter tido um efeito rebote e agora eleva também o patamar do produto no mercado.

[caption id="attachment_1153" align="alignright" width="240"]notícia_general_kung Johnny Kung, do General Kung: o preço do salmão chegou a subir 100% desde o início do ano[/caption]

O resultado dessa dinâmica chegou rápido aos principais responsáveis pela popularização da espécie no Brasil: os restaurante japoneses. O maior reduto paulistano da culinária oriental, o bairro da Liberdade, já se ressente da alta dos preços. “No começo do ano eu pagava em torno de R$ 13 pelo kg do salmão inteiro eviscerado [vendido em caixa de 30 kg]. Já chegou a R$ 30, mas agora estou pagando R$ 25”, relata Johnny Kung, sócio-proprietário do restaurante General Kung, na Avenida Liberdade, em São Paulo (SP). Kung se refere ao salmão de calibre 10/12, considerado de tamanho médio.

O reflexo já pesa no bolso do frequentador do General Kung, que trabalha com sistema à la carte ou comida por quilo. “Tive que reajustar meus preços. Nosso temaki, que custava R$ 13,50, passou para R$ 15,50”, diz Kung. “O preço do nosso quilo passou de R$ 39 para R$ 42”, relata. Kung diz não estar em busca de novos fornecedores. Atualmente, ele compra da Frescatto, Opergel, Marcomar e, mais recentemente, da Bom Peixe. Resta saber se o consumidor também terá essa fidelidade com o próprio salmão.

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