Produção de ração para aquicultura cai 5% no primeiro semestre, diz Sindirações

Produção de ração para aquicultura cai 5% no primeiro semestre, diz Sindirações

Entidade diz que o desempenho é reflexo da estiagem no Sudeste e Sul e desafio sanitário com a mancha branca no Nordeste

13 de setembro de 2017

Um balanço do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) mostra que a produção de rações no Brasil teve uma queda de 1,5% no primeiro semestre ante o mesmo período do ano passado. A demanda foi de 33,1 milhões de toneladas.

De acordo com o sindicato, o setor foi favorecido pelo alívio no preço dos grãos, mas prejudicado pelo cenário econômico. Para Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do Sindirações, "a recuperação no ritmo dos embarques e a ainda lenta retomada do poder de compra, resultado da menor inflação e taxa de juros, parecem já refletir na cadeia produtiva, cuja reação perceptível a partir de julho poderá intensificar-se no segundo semestre, muito embora o desemprego continua resiliente e o ambiente de negócios ainda bastante instável.”

Na visão do órgão, o mergulho do preço do milho e do farelo de soja não foi capaz de motivar o confinamento de bois, a alimentação preparada do rebanho leiteiro e o alojamento de pintainhos e leitões, ao contrário dos produtores de ovos que aproveitaram o alívio do custo desses principais insumos durante todo o primeiro semestre.

Já no âmbito das rações para peixes e camarões, a mancha branca e a estiagem ainda cobram seus efeitos. Segundo o Sindirações, a produção de rações para peixes e camarões durante o primeiro semestre somou pouco mais de 547 mil toneladas, volume 5% menor que no mesmo período do ano passado.

A queda se deveu ao desafio sanitário enfrentado pela carcinicultura no Ceará e Rio Grande do Norte. O povoamento de peixes nas regiões Sudeste e Sul também foi considerado abaixo do esperado, por ainda reverberar "os efeitos da estiagem no ano passado, além do inverno que também reduziu o consumo das rações nas regiões Norte e Centro-Oeste".

Segundo Zani, no segundo semestre o panorama pode se intensificar se a importação de vannamei equatoriano efetivamente começar, mas a piscicultura poderia representar um alívio. "A possibilidade de importação de camarão do Equador pode pressionar ainda mais a demanda das rações, muito embora a procura do varejo pelos produtos da piscicultura nacional possa até compensar esse retrocesso.”

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