Projeto vai unir toda a cadeia do pescado em prol da sustentabilidade

Projeto vai unir toda a cadeia do pescado em prol da sustentabilidade

22 de julho de 2014

Crédito da imagem: Alex de Carvalho


Como saber de onde vem o pescado que vai pra sua mesa? Pensando nessa ideia e com intuito de garantir a origem do peixe, o projeto "Pesca Mais Sustentável" foi criado. Sagrou-se vencedor do Desafio Impacto Social Google Brasil, da ONG Conservation International do Brasil .  Em breve, vai estar disponível para os smartphones, conectando o pescador ao consumidor e mostrando a procedência do peixe e até receitas de pescado.


“Nós estamos trabalhando com conservação marinha há bastante tempo no Brasil, nosso programa, na Bahia, tem 17 anos.




[caption id="attachment_5354" align="alignright" width="253"]Crédito da imagem: Arquivo pessoal Crédito da imagem: Arquivo pessoal[/caption]

Sempre focamos na conservação da biodiversidade e também na gestão das pescarias de forma sustentável”, contou Guilherme Dutra, diretor do Programa Marinho da CI-Brasil, em entrevista ao Seafood Brasil.


 A ONG passou os últimos anos trabalhando com a sustentabilidade e começou a coletar dados sobre a pescaria e pensou em fazer isso de forma mais generalista.  “O que está acontecendo não é novidade, as pescarias estão cada vez em situação mais difícil, a maior parte dos estoques está sendo sobrepescado, e a redução é perceptível ano a ano. Então assumimos este desafio: de mudar o contexto e tentar fazer algumas intervenções na gestão da pesca, para ela se tornar mais sustentável. Só que isto demanda vários passos para poder avançar em uma estratégia que de fato funcione na ponta”, diz Dutra.


 Segundo a ONG, atualmente o Brasil captura mais de 536 mil toneladas de pescado marinho extraído, em grande maioria, de forma não sustentável, comprometendo as espécies.


Rastreador de sustentabilidade


 “Com a oportunidade do Google o que a gente propôs, essencialmente, foi uma forma de dar o olhar sustentável que tínhamos na Bahia, para um conjunto de áreas muito maior. E pensamos no conjunto das reservas extrativistas do país; hoje são 22, com cerca de 160 mil famílias envolvidas. São os pescadores mais tradicionais que a gente tem na nossa costa. A ideia do projeto é fazer um pacto entre pescador e o consumidor de pescado, criando um mecanismo que desse condição de rastrear o produto e de onde vem aquele pescado”, expõe Dutra.


 O projeto começou oficialmente no dia primeiro de julho e vai acontecer em dois momentos. “No primeiro ano  da iniciativa vamos colocar produtos que estão próximos de um sistema mais sustentável no mercado. Neste primeiro momento,vamos trabalhar com reservas extrativistas marinhas, por conta de toda relação e experiência que temos nesta área", explica.


 Num segundo momento, será ampliado para outras pescarias e pode incluir manejo de água doce e de outras atividades


Jogos Olímpicos




[caption id="attachment_5353" align="alignright" width="211"]Crédito da imagem: Divulgação Crédito da imagem: Divulgação[/caption]

Em julho de 2015, o projeto pretende ter as cadeias desenvolvidas e organizá-las já com os primeiros produtos no mercado. “Ainda é cedo para dar uma certeza sobre isto, mas este é o plano”, conta Guilherme. Outra intenção do projeto é investir nas Olímpiadas de 2016. “O segundo momento, nas Olimpíadas, esperamos estar ligados no projeto olímpico chamado Rio Alimentação Sustentável, um compromisso firmado para que todo pescado consumido pelo evento seja sustentável (como já informou o Seafood Brasil).


A intenção é ligar a cadeia como um todo, desde os pescadores até o consumidor final e isso passa pelo setor industrial e o food service.

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