“Qual é a agenda que o produtor da aquicultura deseja para País?”

“Qual é a agenda que o produtor da aquicultura deseja para País?”

27 de fevereiro de 2015

Marcelo Tárraga

Tiago Oliveira Bueno

A frase do ministro da Pesca e Aquicultura (MPA) Helder Barbalho praticamente resume todos os anseios do setor no momento. Barbalho “provocou”, nesta sexta-feira (27), empresas e governos estaduais para a criação de uma agenda nacional de crescimento e transformação do setor. Segundo ele, em discurso na Fiesp, durante o encontro do Comitê da Indústria da Pesca de São Paulo (Compesca), só a atividade da aquicultura, por exemplo, pode quadruplicar nos próximos anos.

“Nós falamos atualmente de uma produção na área da pesca de 700 mil toneladas/ano. Na aquicultura de 480 mil toneladas/ano. Temos capacidade de, no mínimo, quadruplicar a aquicultura atual”, enfatizou.

O ministro abriu o encontro pontuando três questões essenciais para o crescimento da atividade no país: tributos, licenciamento e estatísticas do setor.

seafood2Para Barbalho, o segmento precisa monitorar com mais qualidade sua atividade para poder dar subsídios aos licenciamentos ambientais, e, com isso, “destravar” certas questões burocráticas, que, em sua visão, tornam-se entraves desenvolvimentistas.

“Na área da pesca queremos trabalhar com informações, estatísticas, e um plano de gestão eficientes, que nos garantam dados necessários para permitir que as espécies sejam exploradas corretamente, e possamos assim ter números para fornecer à área ambiental. Temos de garantir um cenário propício para quem produz”, comentou.

“Hoje fazer aquicultura no Brasil se transformou num desafio hercúleo, só o faz quem enxerga que é um vetor estratégico e oportuno, como uma nova fronteira econômica do país. No Brasil ainda estamos em passos lentos e de consolidação da atividade. E para construir esse ambiente, e mesmo nesse momento econômico atual, temos de dialogar na construção de uma agenda positiva para aumentar a competitividade da produção, para que o custo brasil seja menor e também garanta auto-suficiência da nossa produção”, ressaltou.

Ainda fez um pedido ao Comitê pela “agilidade” e “eficiência” em emissão de licenças. “Faço um apelo ao Compesca, na área da aquicultura se faz necessária a agilidade e a eficiência para o licenciamento ambiental prático e rápido. E isso pode representar um cartão de visita, tanto para que a produção nacional e internacional possam compreender que valha a pena investir no Brasil.”

Por fim, mostrou-se confiante no potencial do setor no médio e longo prazo, porém, para ele, ajustes precisam ser feitos para acelerar a atividade. “Temos de discutir com o Ministério da Fazenda a desoneração da ração do peixe, de produtos a serem importados, e garantir maior competitividade brasileira. Queremos que a aquicultura seja cada vez mais enxergada como um grande negócio nacional para o mundo, além de geração de emprego e renda para economia do país.”

(crédito de imagens: Tiago Oliveira Bueno/Seafood Brasil)

Compesca, Fiesp, Helder Barbalho, MPA

 
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