Queda na safra do atum em Portugal liga alerta no setor

Queda na safra do atum em Portugal liga alerta no setor

10 de setembro de 2014

Crédito da imagem: LASZLO ILYES


A safra do atum nos Açores, em Portugal, regista este ano uma queda “brutal” de 50% nas capturas em comparação com 2013, segundo a Federação das Pescas dos Açores (FPA). E em 2013, no mesmo período, a frota local já tinha capturado 4400 toneladas, enquanto este ano este valor caiu para as 2.200 toneladas.


“Está problemático este ano. Temos um ano para esquecer em termos comparativos com o ano passado. Nós sabemos que os anos na pesca são sempre atípicos, nada é igual, mas este ano a queda foi brutal”, declarou à Agência Lusa José António Fernandes, o presidente da Federação.


Bonito, patudo, albacora e rabilho passam em águas dos Açores a caminho do Mediterrâneo, altura em que são capturados pela frota atuneira local, contribuindo de forma decisiva para o rendimento anual dos pescadores e armadores. Porém esse ano os resultados caíram vertiginosamente.


No caso específico do bonito, foram capturadas, até agora, 663 toneladas, contra as duas mil de 2013.


O dirigente da FPA frisou que não são apenas os pescadores associados aos atuneiros que vão para a pesca do atum, mas também as embarcações locais e costeiras, que praticam vários tipos de pescaria e que deixam o espaço de agosto, setembro e parte de outubro para pescar o bonito na costa, onde este surge também.


No que concerne à valorização do pescado, o líder da FPA declarou que se registou apenas uma “pequena subida” no preço médio, mas o bonito acusou uma quebra de quatro cêntimos por quilo. “As espécies não sofreram graves mexidas nos preços, mas tivemos quebras em quase todas as espécies”, declarou.


Segundo José António Fernandes, os pescadores dos Açores vão ter um final de ano “difícil de ultrapassar”, uma vez que “não estão a conseguir amealhar verbas para fazer face ao inverno que se aproxima”.


 

No Brasil


Em Florianópolis, os restaurantes estão sofrendo com a falta de atum também. Os fornecedores da região reclamam do tamanho e do preço do pescado, por exemplo o Pirolli Pescados, em Santo Antônio de Lisboa, que responde por cerca de 30% do abastecimento de atum em Florianópolis, Palhoça e São José, teve que fazer três compras de fornecedor do Rio Grande do Norte em agosto. O resultado é que o quilo saiu R$12,00 mais caro que o normal. Nessa época do ano, quilo do atum custa geralmente entre R$ 18 e R$ 20.


"Começamos a trabalhar com o atum há oito anos. No início a gente conseguia peças maiores. Agora, é mais difícil, porque tem muitos pescadores, e o os peixes maiores vão para o eixo Rio de Janeiro-São Paulo”, conta Lauro Pirolli ao Notícias do Dia.


 

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