Reprovada em exame de fraude de pescado, Costa Sul repudia testes

Reprovada em exame de fraude de pescado, Costa Sul repudia testes

Como já havia feito em anos anteriores, o Procon de Florianópolis aproveitou a Páscoa para organizar o DNA do Peixe - testes de identificação de pescado. Conforme o resultado divulgado em 27 de março, dos 30 produtos de bacalhau investigados na operação duas marcas foram reprovadas.

01 de abril de 2015

Como já havia feito em anos anteriores, o Procon de Florianópolis aproveitou a Páscoa para organizar o DNA do Peixe - testes de identificação de pescado. Conforme o resultado divulgado em 27 de março, dos 30 produtos de bacalhau investigados na operação duas marcas foram reprovadas.

Segundo a operação, a Costa Sul e a Bistek tiveram seus produtos reprovados porque as espécies não eram as reconhecidas como bacalhau. O teste foi realizado pelo Procon de Florianópolis em parceria com o Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis e a Secretaria Municipal de Segurança e Defesa do Cidadão.

Consultada pela Seafood Brasil, a Costa Sul disse que não havia recebido até 30/03 nenhuma autuação de nenhum órgão pela suposta fraude. À nossa reportagem, a empresa disse repudiar as informações de fraude no produto. "[A Costa Sul] destaca que todos os produtos passam por rigorosos testes de qualidade e identidade, cumprindo rigorosamente com a legislação pátria", diz em comunicado.

A companhia, sediada em Navegantes (SC), disse ainda que em nenhum momento lhe teria sido conferido "o crivo do contraditório, restando, portanto, sonegado seu direito de insurgir-se com relação eventual coleta, exame e resultado, prejudicando, inclusive, uma manifestação esclarecedora". A Costa Sul pretende tomar "todas as medidas necessárias e adequadas para esclarecer esta lamentável e equivocada informação".

Os testes foram realizados a partir da análise da sequência genética de 30 espécies denominados bacalhau (ou "tipo bacalhau") comercializados em Florianópolis. No caso da Bistek, o produto foi comercializado como "Bacalhau Salgado Desfiado". Com a marca Costa Sul, o produto estava identificado como "Filé de peixe congelado - bacalhau".

Segundo os testes de DNA feitos na operação, a Bistek estaria vendendo a espécie Molva molva (ling) como Gadus morhua, assim indicando na embalagem. Já a Costa Sul teria comercializado Pollachius virens (saithe) como bacalhau. A legislação permite que estas espécies sejam vendidas como "tipo bacalhau", o que não teria sido cumprido pelas duas empresas.

Análise sob demanda

De olho em operações como a DNA do Peixe e a Operação Poseidon, que no ano passado flagrou diversas empresas em situação de fraude econômica e troca de espécies, algumas empresas já se preparam para oferecer tanto a compradores quanto distribuidores uma ferramente acessível de identificação por DNA.

Uma das pioneiras é a Myleus Biotecnologia, que realiza testes de DNA e indica quais espécies estão presentes no material. "A identificação genética de espécies em produtos de origem animal e vegetal deve ser realizada quando há a necessidade de oferecer garantias de que um produto é da espécie anunciada", diz Mariana Bertelli, diretora de novos negócios.

Segundo ela, os exames podem ser realizados em toda a cadeia produtiva, tanto por quem quem compra e quer comprovação de que o produto adquirido apresenta as espécies anunciadas, quanto por quem vende e quer oferecer garantias de que entrega o produto com as espécies anunciadas. Outro público são os próprios interessados na inspeção para detectar possíveis fraudes e substituição de espécies.

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