Saldo final da floração de algas no Chile chega a 40 mil toneladas de salmões mortos

Saldo final da floração de algas no Chile chega a 40 mil toneladas de salmões mortos

Preço do salmão atlântico por libra já cresceu 45% no mercado depois da crise

31 de março de 2016

O episódio de hiperfloração de algas na região do norte da ilha de Chiloé e no Seno de Reloncaví, perto em Puerto Montt (Chile), provocou a morte de 40 mil toneladas de salmões, segundo balanço final do Serviço Nacional de Pesca e Aquicultura (Sernapesca). As algas se incrustam nas brânquias dos animais, levando-os à morte por asfixia.

A floração é um fenômeno que acontece todos os anos, mas com o El Niño o crescimento se deu de forma inesperada e atingiu todos os cultivos da região. Felipe Manterola, gerente geral da SalmonChile, disse em entrevista à revista Seafood Brasil que foram perdidos mais de 40 centros de cultivo, o que equivale em despesca a 101 mil toneladas de salmão atlântico, 4 mil toneladas de truta e 8 mil toneladas de salmão coho.

A quantidade apontada pela Sernapesca equivale a 25 milhões de peixes, cuja remoção foi finalizada em 24 de março. O órgão supervisionou a retirada, assegurando que a carga morta fosse descartada adequadamente. De acordo com o diretor nacional do Sernapesca, José Miguel Burgo, 57% dos salmões foram processados em plantas elaboradoras de farinha de peixe, enquanto outros 30,3% foram descartadas em aterros sanitários em terra. O restante foi despejado no próprio mar, em uma zona a 75 milhas da costa chilena.

Os chilenos ainda calculam os prejuízos com as algas, mas o impacto no preço e na regularidade do fornecimento já se sente no mercado. O subsecretario de Pesca e Aquicultura, Raúl Súnico, disse que essa crise, somada a uma diminuição na produção norueguesa este ano, fez os preços dispararem. "Segundo os últimos números que vimos, o preço está chegando a US$ 5,8 a libra, dos US$ 4 que estavam antes da crise."

Leia mais sobre a crise da salmonicultura no Chile na Seafood Brasil #13, que será lançada em meados de abril.

Crédito da foto: Sernapesca/Chile

 

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