Salmão: EUA aprova transgênico e Argentina tem projeto para iniciar produção

Salmão: EUA aprova transgênico e Argentina tem projeto para iniciar produção

FDA libera cultivo de salmão em Indiana; autoridades argentinas avaliam a instalação de salmoniculturas na Terra do Fogo

04 de maio de 2018

O órgão de vigilância sanitária norte-americana (Food and Drug Administration - FDA) deu luz verde à AquaBounty para a produção do salmão transgênico AquAdvantage nas instalações da empresa em Albany (no Estado do Indiana, Estados Unidos).

O projeto estava em análise pelo FDA desde novembro de 2015, quando o órgão considerou que não havia nenhum risco ou perda nutricional deste produto em relação ao salmão não transgênico. Na ocasião, a agência disse que os genes inseridos permaneceram estáveis ao longo de várias gerações de peixes, que o alimento do salmão geneticamente modificado é seguro para comer por seres humanos e animais , que a engenharia genética é segura para os peixes e que o animal realmente cresce mais rápido como a empresa alega.

O FDA também assegurou que os aspectos ambientais, fonte das maiores preocupações em relação à dominância de espécies modificadas frente às tradicionais, não é um problema. Segundo o órgão, diversas medidas de contenção que a empresa pretende usar nas estruturas produtivas tornam “extremamente improvável que o peixes possam escapar e se estabelecer na natureza”.

Agora, a agência aprovou o cultivo propriamente dito em Albany, com produção estimada de 1200 toneladas anuais em sistema fechado de recirculação. Em nota à imprensa, o CEO da AquaBounty, Ron Stotish, celebrou a novidade e já apontou qual será o foco da produção. "Estamos muito felizes que o FDA continuou seu processo rigoroso de avaliação baseado na ciência e aprovou nossa aplicação segundo seus critérios. Nossa planta de Albany está a apenas algumas horas de carro de grandes mercados como Indianapolis, Chicago, Detroit, Cleveland, Columbus, Louisville e St. Louis.”

Em 2016, a empresa havia anunciado que faria testes de campo com estes produtos no Brasil e Argentina, respectivamente o segundo e terceiro mercados de maior crescimento de cultivos transgênicos no mundo. Não há mais informações sobre se e como ocorreram estes testes e como isso interferiu nesta aprovação recente do salmão transgênico.

Na Argentina

O novo subsecretário de pesca da Argentina, Juan Manuel Bosch, afirmou que o País tem interesse em colocar em marcha um projeto para passar a cultivar 40 mil toneladas de salmão atlântico nos próximos quatro anos na província da Terra do Fogo, na Patagônia argentina, latitude similar à da Ilha de Chiloé, no Chile, onde há salmonicultura.

Conforme Bosch disse ao portal Undercurrent News, novas áreas para o cultivo serão concessionadas a partir de um estudo da biomassa total da Terra do Fogo, que terá o apoio de autoridades norueguesas para transferência de tecnologia e troca de know-how.

A efetiva instalação de uma novo polo produtivo de salmão na Argentina poderia dar aos importadores brasileiros uma alternativa ao produto chileno. Só no primeiro trimestre deste ano, o Brasil importou mais de 24 mil toneladas de salmão do Chile.

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