SalmonChile escolhe presidente para liderar nova fase
Chilenos exportaram 78% mais nos últimos cinco anos com receitas 85% maiores
11 de dezembro de 2017
O biênio 2018-2019 da entidade que congrega as principais indústrias do salmão no Chile já escolheu um novo presidente. Arturo Clement, ex-gerente geral da MultiExport e fundador da plataforma SalmonEx, foi eleito em 05 de dezembro para substituir Felipe Sandoval.
O executivo assume em janeiro com a missão de dar sequência ao processo de redução do uso de antibióticos na salmonicultura chilena e o resgate de mercados perdidos ou contraídos após os problemas sanitários que a indústria enfrentou nos últimos anos e a responsabilidade do setor pelo florescimento de algas no litoral chileno - acusação posteriormente rechaçada por um comitê científico convocado pelo governo chileno.
Sandoval ficou conhecido por emplacar mudanças na condução da entidade em prol de maior transparência com a comunidade, como o informe de sustentabilidade da indústria do salmão - a última edição, disponível aqui, mostra que a salmonicultura foi a terceira atividade exportadora mais importante do país, com faturamento superior a US$ 3,8 bilhões.
Outro desafio é a queda por três anos consecutivos na produção chilena, que em 2016 ficou 727.812 toneladas. O relatório traz ainda a informação de que o uso de antibióticos vem decaindo: para cada 1.000 kg de salmão despescado, foram utilizados 452 gramas de antibióticos em terapias para combater doenças como a septicemia rickettsial.
Salmon de Chile é renovado no Brasil
O programa de incentivo ao consumo de salmão pelos brasileiros recebeu novo fôlego em novembro com a confirmação de que ele seguirá para o sexto ano consecutivo, graças aos bons resultados locais. Nos últimos cinco anos, o Chile aumentou 78% o volume do produto exportado ao Brasil, com receitas 85% maiores (para US$ 524 milhões).
“Esta marca setorial não só trabalhou intensamente no nosso principal destino de salmão na América Latina, quanto posicionou a imagem do nosso país como um produtor de alimentos inócuos e de qualidade", como afirmou o diretor do ProChile, Alejandro Buvinic.
De acordo com Melanie Whatmore, que segue como gerente da campanha, a contração da oferta causada pelas algas foi de 14%, o que não afetou tanto o desempenho financeiro do negócio. "Houve um aumento do valor exportado em 9% em dólares.”
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