Seguro aquícola deve contemplar primeiro cooperativas e grandes
Aquicultura

Seguro aquícola deve contemplar primeiro cooperativas e grandes

Fairfax Brasil já segurou criação de tilápias em 2018, mas apoio da SAP e SPA deve incrementar contratações

31 de agosto de 2020

As cooperativas e empresas de grande porte no setor aquícola serão as primeiras a acessar os recursos para o seguro aquícola subvencionado pelo governo federal, dizem fontes a par do assunto. Na última sexta-feira, o Ministério da Agricultura realizou um evento do projeto Monitor do Seguro Rural para apresentar a opção de subvencionamento de até 40% disponível para o segmento.
 
Durante a videoconferência, a seguradora Fairfax Brasil Seguros Corporativos Brasil apresentou o modelo de seguro que garante indenização ou reposição de estoque da produção em decorrência da mortalidade. A empresa estreou no setor em 2018 com uma apólice que segurava a criação de tilápias de uma empresa do interior de São Paulo. 
 
O secretário de Aquicultura e Pesca do Mapa, Jorge Seif Jr., fez um discurso em defesa da aquicultura como uma saída para “uma superprodução de peixes”, que deve ser incrementada a partir do seguro aquícola. “É um projeto embrionário, mas a pujança e o potencial do setor demonstram que a iniciativa vai evoluir e alçar grandes voos”, declarou.
 
O diretor do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de Política Agrícola do Mapa (SPA/Mapa), Pedro Loyola, avaliou que o seguro rural aquícola é um “produto complexo” e precisa de debates para ser aprimorado.
 
Ono, da CNA, concorda. “O que o nosso setor precisa fazer agora é construir propostas e trabalhar. As primeiras apólices não serão perfeitas.” Para o presidente da Comissão Nacional de Aquicultura da CNA, quem entrar com uma proposta e ela for aprovada será contemplado. “As cadeias estruturadas já fazem isso de forma planejada: quando entra a safra eles já estão com os pedidos prontos. O ciclo é quase contínuo”, explica.
 
Segundo ele, não existe risco de o recurso ser remanejado pois depende apenas do interesse dos setores e da “ordem de chegada” dos pedidos para ser liberado. “Se não contratar, demonstra que não tem interesse, ou porque o produto ainda não está atrativo.”
 
Fontes consultadas pela Seafood Brasil indicam que as condições apresentadas pela Fairfax foram satisfatórias. Além de dar segurança ao produtor, espera-se que o seguro funcione como uma plataforma de aprimoramento tecnológico - já que a seguradora exige uma série de contrapartidas dos produtores para a contratação do seguro.
 
O que cobre o seguro da Fairfax?
O produto foi desenvolvido para atender às necessidades dos produtores aquícolas garantindo indenização ou reposição de estoque da produção em decorrência da mortalidade, perda física e/ou perda total do valor de mercado (causado por poluição/contaminação da água) das espécies aquáticas (Biomassa Segurada). Pode ser contratado para criatórios “onshore” e “offshore”.
 
Da mesma maneira que um seguro de automóvel, conta ainda com a possibilidade de contratação das Coberturas Especiais de “Roubo e Furto Qualificado”, “Predadores”, “Inundação, Alagamentos e Tsunamis”, “Interrupção Acidental do Sistema de Suprimento de Água”, “Seca”, “Incêndio, raio e explosão”, “Temporal e Relâmpagos”, “Terremoto”, “Geada e Granizo”, “Avaria Mecânica e Elétrica do Maquinário”, “Desoxigenação da Água”, “Alteração Química da Água”, “Doenças”, “Falha Estrutural e de Equipamento” e “Reembolso de Salvamento”.
 

, CNA, Eduardo Ono, Fairfax Brasil Seguros Corporativos Brasil, Jorge Seif Jr., Mapa

 
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