Sofia 2018: volume da pesca cai com El Niño

Sofia 2018: volume da pesca cai com El Niño

Conclusões do estudo da FAO sobre a pesca mostram uma leve redução nas capturas, que atingiram 90 milhões de toneladas em 2016

13 de julho de 2018

As conclusões do Sofia 2018 sobre a pesca mostram uma leve redução nas capturas, que atingiram 90 milhões de toneladas em 2016. As pescas marinha e continental responderam por 87,2% e 12,8% do total global, respectivamente.

Do mar foram capturadas 79,3 milhões de toneladas em 2016, representando uma queda de quase 2 milhões de toneladas das 81,2 milhões de toneladas em 2015. A pesca da anchoveta no Peru e Chile foi diretamente impactada pelo fenômeno El Niño e respondeu por 1,1 milhão desta queda, combinada à queda em cefalópodes entre 2015 e 2016.

A China segue de longe o maior produtor de peixe de captura e ficou estável em 2016, mas a inclusão de uma política de redução progressiva de capturas no Plano Quinquenal do Partido Comunista para 2016-2020 pode gerar quedas mais significativas nos próximos anos.

Como em 2014, a polaca do Alasca ultrapassou novamente a anchoveta como a espécie mais capturada em 2016, com os maiores volumes desde 1998. Entretanto, dados preliminares de 2017 mostram uma recuperação significativa das capturas de anchoveta.

O atum bonito-listrado ficou em terceiro lugar para sétimo ano consecutivo e, se combinadas todas as espécies do grupo atum, ficaram equilibradas em 7,5 milhões de toneladas depois de um máximo histórico em 2014.

Depois de cinco anos de crescimento contínuo que começou em 2010, as capturas de cefalópodes ficaram estáveis em 2015, mas caíram em 2016, quando a capturas das três maiores espécies mostraram uma perda combinada de 1,2 milhões de toneladas.

O Pacífico Noroeste continua a ser, de longe, a área pesqueira mais produtiva do mundo, com capturas de 22,4 milhões de toneladas em 2016, cifra levemente superior à de 2015 e 7,7% acima da década 2005-2014.



Todas as demais áreas temperadas mostraram tendências de queda por vários anos, com a única exceção do Pacífico Nordeste, onde as capturas em 2016 foram maiores que a média para 2005-2014 graças às boas capturas de polaca, cod (Gadus macrocephalus) e merluza do Pacífico.

As quedas no Atlântico Sudoeste e no Pacífico Sudoeste são o resultado de capturas muito menores em nações com pesca oceânica. Áreas tropicais evidenciaram aumentos de pequenos e grandes peixes pelágicos.

O total de capturas da pesca continental em 2016 mostrou aumento de 2% sobre o ano anterior e 10,5% na comparação à média de 2005-2014. A FAO reconhece, no entanto, que este dado pode estar sobreestimado porque parte do aumento se deve à melhora na coleta de dados em alguns países.

O número total de barcos no mundo, desde embarcações da pesca de pequena escala quanto de larga escala, foi estimado em 4,6 milhões, número similar a 2014. A frota na Ásia consistiu em 3,5 milhões de barcos, respondendo por 75% do total global.

Este é um especial de quatro matérias sobre a versão 2018 do relatório State of The World Fisheries and Aquaculture (Sofia), publicado a cada dois anos pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU). Leia mais aqui no site Seafood Brasil e no 4º Anuário Seafood Brasil, cuja veiculação ocorrerá em agosto.

Baixe aqui a versão completa do Sofia 2018 em PDF (inglês e espanhol)

Baixe aqui o resumo do Sofia 2018 em PDF (inglês e espanhol)

Acesse aqui o site oficial do Sofia 2018.

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