Um terço da vida marinha pode desaparecer nas próximas décadas

Um terço da vida marinha pode desaparecer nas próximas décadas

10 de dezembro de 2013

Crédito da imagem: Derek Keats


O aquecimento global já causa sérios problemas no planeta, advindos em boa parte dos gases do efeito estufa, como o CO2, lançados na atmosfera. Entretanto, outro assunto também muito importante para a biosfera, e com impacto negativo ao setor pesqueiro, vem chamando atenção de cientistas de todo o mundo: a acidificação do oceano. Cientistas acreditam que a acidificação irá aumentar 170% em todo o planeta até o ano de 2100, colocando em risco a rica biodiversidade marinha. De acordo com especialistas, cerca de um terço das espécies podem sumir.


O estudo será apresentado na semana que vem na reunião da ONU sobre o Clima, que ocorre na Polônia, de acordo com agência de notícias da BBC Brasil. E ao longo dos próximos anos algumas espécies já devem começar a sofrer impactos.ecoverde1

Segundo um documento feito pelo Programa Internacional Biosfera-Geosfera, no Sumário para Criadores de Políticas, 24 milhões de toneladas de CO2 são adicionadas nos oceanos todos os dias alterando a química da água e, por isso, para os cientistas, cerca de 30% das espécies marinhas não devem sobreviver nestas novas condições.

Desde o início da revolução industrial, acredita-se que as águas dos oceanos ficaram 26% mais ácidas e a tendência é piorar. O problema é que os oceanos absorvem mais de 26% do dióxido de carbono emitido pela atividade humana na atmosfera. 

Prevenção?

A UNESCO já pensa em medidas para reverter a situação e deve lançar um programa global interdisciplinar sobre avaliação de risco da acidificação dos oceanos para fornecer previsões globais, regionais e nacionais. A intenção é incluir também os impactos socioeconômicos para uso dos tomadores de decisão.  Além de identificar pontos críticos de limite, nos quais a acidificação pode levar ao colapso do ecossistema marinho em regiões específicas mais propensas à acidificação.


"A acidificação põe em risco corais, conchas, caracóis, ouriços e estrelas-do-mar, além de peixes e outros organismos. Algumas das espécies produtoras de cálcio ou peixes ósseos não poderão mais concorrer para sobreviver nos oceanos do futuro. A composição das espécies irá mudar radicalmente", alerta Ulf Riebesell, do Centro Helmholtz de Pesquisa Oceânica da Universidade de Kiel em entrevista ao portal alemão DW.

Uma das alternativas para reverter o processo é a tecnologia nuclear. Entre os instrumentos para lutar contra o problema, causada pelo aumento da concentração de CO2 na água, os cientistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) propõem o uso de isótopos radioativos para diagnosticar melhor a situação.

"Com os isótopos de Boro e outras tecnologias, somos capazes de marcar sedimentos para saber e conhecer melhor a situação", explicou à Agência Efe David Osborn, diretor dos laboratórios ambientais da AIEA em Mônaco. 

 

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