União Européia e o Canadá fecham tratado e exportações brasileiras são prejudicadas

A União Européia (UE) e o Canadá chegaram a um acerto sobre o tratado de livre comércio que irá remover mais de 99% das tarifas entre os dois países. Pelo acordo, quase todas as barreiras tarifárias da UE para peixes e frutos do mar estarão livres de impostos, e todas as linhas tarifárias serão duty-free , após sete anos, disse o Financial Post. O acordo entre as nações deve ter impacto direto nos embarques brasileiros. 

O tratado estava sendo negociado nos últimos quatro anos e representa uma marca histórica para o Canadá. O primeiro ministro do país se manifestou com comunicado oficial celebrando o acordo que coloca a nação da América do Norte com privilégios em um mercado de mais de 500 milhões de consumidores.

No setor de pescados, o acordo vai beneficiar todos os tipos de produtos, por exemplo, tarifas que variam de 6% a 20% serão eliminadas em produtos como lagosta viva e congelada, camarão descascado e vieiras congeladas.

Apesar do comércio de frutos do mar entre a Europa e o Canadá ter caído em 2012 cerca de 13%, a UE é a terceira maior importadora de produtos canadense. Por isso o tratado é importante para ambas as partes, já que as negociações comerciais movimentaram cerca de R$ 720 milhões, no último ano.

 

Ásia

Apesar da queda no mercado europeu, o Canadá registrou crescimento em negociações com a China. Hoje é o segundo país em importações de pescados por parte dos asiáticos. A balança comercial entre os países saltou 26% no último ano; o primeiro da lista chinesa continua sendo os Estados Unidos, segundo o portal Undercurrent News.

 Porém, alguns países devem sair prejudicados com o acordo. Entre eles, por exemplo, o Brasil, que deve perder espaço em exportações para o Velho Continente, aponta a Rádio França Internacional (RFI).

Segundo a agência de notícias, o tratado entre canadenses e europeus pode representar uma nova era na esfera nos acordos comerciais. E o Brasil terá de repensar sim alterações em sua postura tarifária. Para a RFI, “quem não casar com todo mundo vai ficar solteiro e pobre”