Abras aponta que consumo nos lares brasileiros aumentou 3,72% em 2024
Segundo entidade, o crescimento foi impulsionado pela recuperação do mercado de trabalho e ampliação dos rendimentos reais dos consumidores
04 de fevereiro de 2025
3,72%. Foi esse o crescimento registrado ao fim de 2024 no Consumo nos Lares Brasileiros em monitoramento realizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Todos os indicadores deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e contemplam todos os formatos de supermercados.
De acordo com a entidade, em resumo, o crescimento foi impulsionado pela recuperação do mercado de trabalho e pela ampliação dos rendimentos reais dos consumidores. Ainda segundo a Abras, na comparação entre dezembro de 2024 e dezembro de 2023, a alta foi de +7,23%, enquanto, em relação a novembro, o avanço chegou a +12,81%.
“O aumento do emprego e da renda resultou em maior consumo das famílias, com destaque para a forte aceleração a partir de novembro, impulsionada pela entrada dos recursos do 13º salário na economia”, analisa Marcio Milan, vice-presidente da Abras.
O que contribuiu com o crescimento?A Abras também destaca que entre os fatores que contribuíram para o aumento do consumo ao longo do ano, em síntese, estão a empregabilidade e o aumento real da renda. “No trimestre encerrado em novembro a taxa de desemprego no Brasil atingiu um novo mínimo histórico de 6,1% e representou 1,4 milhão de trabalhadores a mais do que no mesmo período de 2023. Já a renda real no período foi estimada em R$ 3.285,00.”
Outro ponto de destaque no relatório da Abras foi o investimento de recursos com a entrada do 13º salário. Em resumo, isso movimentou cerca de R$ 321,4 bi na primeira parcela paga aos trabalhadores formais (novembro) e R$ 1,3 bilhão para mais de 1 milhão de beneficiários do INSS que passaram a receber o benefício após julho de 2024 (calendário de pagamento compreende o período de 25/11 a 06/12).
Por fim, no decorrer de 2024, alguns outros elementos gerais tiveram muita influência no resultado do consumo. São eles:
--> Bolsa Família, com montante aproximado de R$ 168 bilhões;
--> Auxílio-Gás com transferência bimestral de R$ 592 milhões em cada parcela;
--> Pagamento de R$ 93,14 bilhões em precatórios;
--> Repasses do programa Pé-de-Meia do Governo Federal, estimados em R$ 6,1 bilhões;
--> PIS-PASEP, com montante de R$ 28 bilhões para 25 milhões de trabalhadores (aumento de R$ 3 bilhões em comparação com 2023);
--> O reajuste do salário-mínimo (+6,97%);
--> Cerca de R$ 43,9 bilhões em Requisições de Pequeno Valor (RPVs) do INSS;
--> Restituição de cinco lotes do Imposto de Renda Pessoa Física, somando R$ 34,4 bilhões.
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Créditos imagem: Canva
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