Estudo mostra como a pandemia mudou a forma de compra dos FMCGs
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Estudo mostra como a pandemia mudou a forma de compra dos FMCGs

FMCG (bens de consumo massivos) tiveram expansão global de 10% em 2020

31 de maio de 2021

Segundo a análise da quinta edição do Winning Omnichannel, estudo anual da Kantar, que considerou o comportamento de consumo em 42 países, os eventos causados pela pandemia mudaram a forma de compra dos FMCGs (bens de consumo massivo). Se no início de 2020, esperava-se uma continuação do crescimento da busca por FMCG perto de 2,5%. E o que se viu foi uma expansão quatro vezes maior, para 10%, o que representa US$ 220 bilhões.
 
 
O estudo da Kantar, traz uma visão global de como as dinâmicas do FMCG e do varejo se transformaram em 2020 e o que deve acontecer em 2021.
 
Os fatores para esse salto passaram pelo movimento de estocagem no primeiro trimestre até a mudança contínua do consumo fora de casa. Os impactos foram sentidos em todas as regiões, países, canais, setores e categorias, com taxas de crescimento até triplicando.
 
Para 2021, num cenário ainda incerto, o estudo prevê duas possibilidades: 1. Como seria o crescimento se permanecemos em bloqueio total durante todo o ano? 2. Como seria o crescimento se as restrições diminuíssem a partir do segundo trimestre? Ambos representam uma desaceleração no crescimento da FMCG; com o cenário 1 projetando expansão de 5,2% e o 2º de 2,2% globalmente.
 
 
A previsão varia de acordo com as condições de mercado. A China, que, ao contrário da maioria das outras regiões, testemunhou uma desaceleração no crescimento em 2020, uma volta à vida sem restrições representaria retorno mais rápido às tendências pré-pandemia e, portanto, uma aceleração no crescimento do FMCG.
 
Já o online continuará ganhando participação. De acordo com o Barômetro Covid-19 da Kantar, 45% dos consumidores afirmam que continuarão comprando nas lojas online que encontraram durante a pandemia. Com base nos mesmos dois cenários, o online crescerá 38% no caso de permanência de lockdowns e 28% no caso de bloqueio parcial. Qualquer uma dessas taxas de crescimento resultará em uma expansão bem acima de 8% ao final de 2021.
 
Impacto dos lockdowns em setores e categorias
 
Os setores de bebidas, laticínios e alimentos, que responderam por 74% do valor de FMCG em 2019 - cresceram 8,6%, 10,3% e 11,4%, respectivamente, se beneficiando com o movimento do consumo fora de casa para dentro durante a maior parte de 2020.
 
O setor de cuidados com o lar cresceu a uma taxa semelhante ao FMCG total: 9,8%. O aumento da demanda foi gerado por um maior enfoque na higiene e na limpeza e fez com que alvejantes e outros produtos aumentassem 25% e 21%, respectivamente - duas de apenas seis categorias que tiveram um crescimento de mais de 20%. E atrelada ao aumento do consumo de alimentos no domicílio, a categoria Lava Louça foi beneficiada com um crescimento de 12%.
 
Com a falta de interação social, o setor de Saúde e Beleza passou do que mais cresceu em 2019 para o único setor em queda em 2020. A maquiagem teve a maior queda de qualquer categoria de FMCG - 17% - uma oscilação de 24%, após ter registrado crescimento de 7% em 2019. Apesar da queda na demanda do setor, lavagem de mãos e corpo acelerou de 6% para 16%.
 
Declínio de alimentos e bebidas
 
Apesar das vendas de FMCG In-Home (dentro de casa) terem atingido 10% em 2020, o quadro completo de 360°, combinando vendas para Out-of-Home (fora de casa -OOH) e In-Home, mostra um declínio de 2% a 5% para alimentos e bebidas (excluindo bebidas alcoólicas).
 
 
Créditos da imagem: Pixabay
 

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