As estratégias da Produmar para se manter entre os grandes
Comercialização

As estratégias da Produmar para se manter entre os grandes

Com foco na pesca oceânica, empresa coleciona uma história cheia de desafios, crescimento e modernização

23 de abril de 2024

Fundada em Natal (RN), no bairro da Ribeira e às margens do rio Potengi no ano de 1970, a Produmar teve como fundador o já falecido Arimar França. Ao longo das últimas décadas, a empresa familiar - que viu sua direção ser dividida entre os irmãos Arimar Filho e Rayana - que durante esse período teve atuação na pesca oceânica no Nordeste brasileiro, enfrentou diversos desafios, incluindo os imbróglios comuns da legislação, de direção, das oscilações de safras, os dilemas da comercialização e a Covid-19.
 
Aliás, em 2020, a Produmar conseguiu manter suas operações em pleno curso, mas com dificuldades. “O ano inicial da pandemia foi complicado porque por 3 meses, não paramos os barcos que chegaram com produção recorde, mas precisamos congelar tudo. Às vezes, a frota que tinha 8 barcos só saia com 3 embarcações”, relembra o empresário Arimar Filho.
 
Os impactos daquele ano se estenderam, mas não foram apenas negativos: em 2021, a empresa testemunhou um crescimento recorde de 45%, superando inclusive a média anual de 10%. No ano seguinte, em 2022, as taxas se estabilizaram e, em 2023, diante de obstáculos como a escassez de matéria-prima, a empresa projetou a redução de 10%, isso porque, como explica Filho, “o foco tem sido o mercado externo e no resultado.” 
 
Com 80% da produção destinada à exportação, a Produmar mira especialmente os EUA como principal mercado para seus atuns frescos. “Somos mais voltados para a exportação. No mercado interno, atuamos mais para distribuidores”. 
 
Embora de 2018 até 2023 a Produmar tenha aumentado a sua frota de 5 para 9 embarcações em uma estratégia que mira a pesca oceânica, a modernização da frota é uma prioridade, não apenas para aumentar a eficiência, mas também para garantir práticas sustentáveis e maximizar sua receita e o lucro. “O sindicato até fez um negócio para trabalhar em conjunto, mas a gente, como empresa, já tem parte dos recursos alocados e um programa de modernização que, provavelmente, vai iniciar no começo do ano”, diz Filho.
 
Arimar Filho conta como a empresa consolidou-se como uma das principais exportadoras de atuns do País
 
A empresa já investe em tecnologias, como o CATSAT, um sistema francês que usa dados oceanográficos a bordo dos navios para melhorar a pesca. Além disso, estão aprimorando um sistema desenvolvido em parceria e já em uso em sua indústria com dados de rastreamento da classificação dos atuns. 
 
Mas, se de um lado há expectativas com a aplicação de novas tecnologias para agregar valor aos produtos da empresa, do outro lado, a mão de obra escassa de pescador profissional e questões ambientais têm repercutido na atividade, o que vem preocupando Filho. “Não é a fiscalização, é a arbitrariedade que está acontecendo. A gente quer trabalhar certo e já trabalha 100% por dentro.” 
 
Essa matéria faz parte da Capa da #52 Seafood Brasil. Clique aqui e leia gratuitamente.
 
Créditos da imagem: Canva
 

 

Arimar Filho, atuns e afins, embarcações de pesca, exportação, mercao internacuinal, pesca, pescarias, Produmar

 
publicidade 980x90 bares
 

Notícias do Pescado

 

 

 
SeafoodBrasil 2019(c) todos os direitos reservados. Desenvolvido por BR3