Cinco anos do desastre em Mariana (MG): reparação levará mais 10 anos
Pesca

Cinco anos do desastre em Mariana (MG): reparação levará mais 10 anos

Além de destruir casas, o mar de lama devastou o Rio Doce e atingiu o oceano no Espírito Santo

05 de novembro de 2020

O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), completa cinco anos nesta quinta-feira e o G1 faz um resgate dos impactos nas vidas das pessoas atingidas pelo maior desastre ambiental do País.
 
A barragem da Samarco, cujas donas são a Vale e BHP Billiton, rompeu-se na tarde do dia 5 de novembro de 2015, provocando 19 mortes. Além de destruir casas, o mar de lama devastou o Rio Doce e atingiu o oceano no Espírito Santo.
 
Segundo o veículo, após mais de 1,8 mil dias, os responsáveis pela tragédia não foram julgados. Em 2019, o crime de homicídio foi retirado do processo. As mortes provocadas pelo rompimento da barragem foram consideradas pela Justiça como consequência da inundação causada pelo rompimento.
 
Durante este período, as comunidades destruídas não foram reconstruídas e ainda faltam respostas para a recuperação do meio ambiente.
 
Uma das fontes consultadas pelo texto é um pescador, José Márcio Lazarini. Além de pescador, ele é garimpeiro, mas hoje trabalha como pedreiro para conseguir sustentar a família. “Transformou a nossa vida em outro jeito de viver. Hoje não tem mais o rio, a gente sofre muito ainda. A gente até vai no rio, mas não é mais igual antigamente. (...) A única fonte de renda que a gente tinha aqui era o rio. Ele era o nosso patrão. Não era só ouro e peixe, tinha cascalho, pedra, areia. Hoje não temos nada”, diz.
 
 
Apesar de integrar a comissão de atingidos de Rio Doce, José Márcio precisou de cerca de dois anos para que fosse reconhecido formalmente como atingido pela Fundação Renova.
 
Atualmente, além de se preocupar com a situação do auxílio emergencial, que pode ser reduzido no fim do ano, José Márcio se inquieta com a morosidade do processo de recuperação ambiental de Candonga. Ele e outros moradores têm medo que o lago da usina volte a ser enchido sem que todo rejeito seja retirado. O temor foi motivo para uma série de protestos em outubro.
 
 
 
Créditos da imagem: Wikipedia

 
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