Confira as cinco tendências que se destacaram na NRF 2020
Grande tema da NRF 2020 foi a utilização de data analytics
29 de janeiro de 2020
Mais um ano em que a NRF 2020: Retail’s Big Show, maior feira do mundo do varejo, dita tendência e traz novidades ao setor. Em 2020, o evento aconteceu em Nova York, EUA, entre os dias 10 a 17 de janeiro.
Marilia Passos, gerente de suporte a Vendas da CREDZ, bandeira e administradora de cartões de crédito que trabalha em parceria com redes varejistas, pautou as cinco principais tendências que se destacaram no evento deste ano e como elas podem impactar o varejo brasileiro.
Conforme Passos, a análise de dados para a otimização dos negócios foi um dos destaques, além da automatização da jornada do consumidor e das operações. Até impressões 3D voltadas para o ramo gastronômico puderam ser vistas no evento.
1. Analytics
O grande tema da NRF 2020 foi a utilização dos Analytics e inúmeras soluções de análise de dados foram apresentadas. Dessa forma, o varejista pode entender como aumentar a produtividade do negócio como um todo, seja nos estoques, na loja ou no atendimento ao cliente.
É notório o poder transformador da Inteligência Artificial, acompanhada da Machine Learning, Deep Learning e Image Learning. O futuro das máquinas já é uma realidade no mercado chinês e boa parte do mercado americano, com a atuação da Amazon Go, por exemplo. Todas essas ferramentas devem ser utilizadas para ofertar ao cliente uma experiência única e enriquecedora.
2. Jornada e Experiência
Uma medida para se aprimorar a experiência do cliente na loja física é lançar mão de soluções tecnológicas que dão total comodidade, e autonomia ao consumidor. O cliente entra na loja identificando-se através do QR Code do app, escolhe o produto, coloca na sacola, sai da loja e pronto. O valor dos produtos é debitado no seu cartão e, em até dois minutos, o recibo é enviado ao seu smartphone sem nenhuma interferência de um funcionário no processo.
Isso tudo é possível devido à alta tecnologia e centenas de câmeras que acompanham milimetricamente cada movimento do cliente na loja.
Na luxuosa Neyman Marcus também é possível agendar a utilização dos provadores, ambientados ao gosto do cliente, escolher a música que deseja ouvir na loja e até mesmo pedir apoio de estilistas, pré-selecionando as roupas de seu perfil, elevando ao mais alto nível a experiência dentro da loja.
3. Automatização
Dentre as soluções apontadas, a automatização domina. Os insights abrangem todas as etapas e segmentos do negócio varejista, da estocagem ao pós-compra.
Robôs da empresa Fabric fazem o trânsito dos produtos até as estações de picking nos armazéns, drones fazem a atualização de inventários e planogramas, máquinas percorrem os corredores das lojas, verificando as gôndolas para reposição dos estoques e inventário, ou realizam a organização de estocagem, elevando a eficiência das operações logísticas.
4. Loja física e/ou digital?
A NRF mostrou que a escolha dos pontos de vendas passará por uma decisão do consumidor. A integração desses canais dará ao cliente comodidade e liberdade para transitar entre eles como bem entender. Comprar na loja e receber em casa. Comprar na internet, provar na loja e receber em casa. E comprar na internet e retirar na loja, por exemplo. Possibilidades que se tornarão ações comuns.
5. Tecnologia materializando novas ideias
Empresas como a Texel buscam minimizar o tempo gasto pelo cliente nos provadores dos varejos de moda para evitar sua frustração ao comprar uma peça de vestuário do tamanho errado. E como eles fazem isso? Com o app body measurement que funciona assim: o consumidor, em sua casa, veste uma roupa de ginástica, que é escaneada por um app e faz as medições precisas do seu corpo. A solução impacta não só na praticidade para o cliente, mas na redução de trocas para o varejista.
Ainda no varejo de moda, tecnologias como a image learning permitem aos clientes tirar ou enviar a foto de uma roupa a um sistema, que procura na base de um varejo uma peça semelhante à desejada pelo consumidor. A ideia é da startup Syte.
Para a área de e-commerce, a Namogoo desenvolveu uma aplicação que evita o surgimento de anúncios de concorrentes, enquanto o consumidor navega nos sites das empresas. A ideia é diminuir a fuga dos clientes no ambiente on-line.
Já a Natural Machines trabalha com a impressão de formas 3D feitas com comida. O alimento passa por uma impressora 3D que deixa um purê de batata em formato de flor, por exemplo. As máquinas têm sido muito vendidas para hospitais, pensando na experiência de quem vai consumir. Estes são apenas alguns exemplos das dezenas de soluções inovadoras apresentadas pelas startups durante a feira.
A tecnologia que aparentemente era distante, fica cada vez mais próxima das nossas realidades, seja se somos clientes ou varejistas, e vem acompanhada de requintes de simplicidade e genialidade por trás de cada ideia.
Créditos da Imagem: Oficial NRF
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