Fenacam '19 recebe 6 mil participantes em sua maior edição
Aquicultura

Fenacam '19 recebe 6 mil participantes em sua maior edição

Negócios gerados podem chegar a quase R$ 100 milhões entre rações, insumos e equipamentos nos três dias de feira

19 de novembro de 2019

A cidade de Natal (RN) voltou a receber a Feira Nacional do Camarão (Fenacam '19) no Centro de Convenções, durante os dias 13 e 15 de novembro. Neste ano, a 16ª edição da Feira foi considerada a maior já realizada, com cerca de seis mil participantes e 200 estandistas de 25 países em novo pavilhão.
 
Conforme a organização, o encontro movimentou quase R$ 100 milhões em negócios. Para o presidente da Feira e assessor especial da ABCC, Itamar Rocha, os números da edição colocam o Rio Grande do Norte como referência no setor para o mundo. "A gente estima que esse valor em negócios gerados pode chegar a quase R$ 100 milhões entre rações, insumos e equipamentos nesses três dias de feira. São empresas que faturam mais de 500 bilhões de dólares que estão aqui, que acreditam no nosso potencial”, revelou.
 
 
Nos dias de intensa programação da Fenacam '19, também foi realizado o Simpósio Internacional da Aquicultura e da Carcinicultura, com apresentação de 43 palestras de 13 países em uma parte mais técnica focou na expansão dos negócios em todo o Brasil e recebeu 1.500 participantes.
 
Em entrevista à Seafood Brasil, Rocha reforçou o pedido do discurso de abertura e repetido em sua apresentação durante a palestra no Painel Internacional de Aquicultura, na ocasião realizou uma "Análise da Produção Aquícola Mundial e das Oportunidades para o Brasil."
 
Para Rocha, o País precisa priorizar demandas, principalmente nas políticas dos Estados e implementar medidas imediatas para que se possa explorar o potencial que temos na produção do pescado para atender ao mercado interno e voltar a exportar. “Mas para mudar precisamos organizar a base, ela que precisa ir pra cima das lideranças, temos deputados e senadores e dá para chegar no presidente com força. Por isso que vim dar a palestra no simpósio de Aquicultura Internacional, para a gente pegar uma base maior”, declarou.
 
A coordenadora de Aquicultura Marinha da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAP/Mapa), Shayene Agatha Marzarotto, também fez coro com Rocha ao indicar que a organização do setor é vista como principal gargalo.
 
 
Segundo Marzarotto, o Ministério e, especialmente a SAP, têm contribuído para tentar minimizar os fatores limitantes. “Precisamos que eles mantenham uma organização mínima para entregar um bom produto, o camarão brasileiro é muito bem visto lá fora, ou seja, o produto é bom e a gente só precisa se organizar para botar ele no mercado”, declarou.
 
Conforme ela, é principalmente investindo em capacitação que o governo pode auxiliar no aumento da produtividade da carcinicultura nacional. “É o que a gente tem feito há alguns anos e agora novamente retomamos esse trabalho via [o programa] AgroNordeste.”
 
O AgroNordeste é um plano de ação para impulsionar o desenvolvimento econômico e social sustentável do meio rural da região, lançado em 1/10/2019, ele será implantado no biênio 2019/2020 em 230 municípios dos nove estados do Nordeste, além de Minas Gerais, divididos em 12 territórios, com uma população rural de 1,7 milhão de pessoas.
 
De acordo com o Mapa, o AgroNordeste é voltado para pequenos e médios produtores que já comercializam parte da produção, mas ainda encontram dificuldades para expandir o negócio e gerar mais renda e emprego na região onde vivem. Entre os objetivos do plano estão aumentar a cobertura da assistência técnica, ampliar o acesso e diversificar mercados, promover e fortalecer a organização dos produtores, garantir segurança hídrica e desenvolver produtos com qualidade e valor agregado.
 
 
As ações da programa para a carcinicultura envolvem as áreas de Vale do Açu (RN) e Vale do Jaguaribe (CE), locais com pequenos produtores que irão receber capacitação e auxílio em uma série de dificuldades encontradas na produção de forma a aumentar a produtividade e deslanchar na cadeia. As regiões foram selecionadas pela Embrapa.
 
Marzarotto também fez questão de frisar que o AgroNordeste não oferece créditos. “Não é escopo do programa fazer investimentos do governo federal, nós vamos trabalhar com capacitação para dar essa ajuda em destravar os principais gargalos, mas não vamos financiar máquinas ou algo do tipo”, destacou.
 
O programa será desenvolvido em parceria com órgãos vinculados à pasta e instituições como Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco do Brasil.
 
 
Confira a cobertura completa da XVI Fenacam'19 na edição #32 da Seafood Brasil que circulará em meados de dezembro.

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