Greve dos pescadores da sardinha quer elevar preço pago pela indústria a R$ 1,90 o kg

Greve dos pescadores da sardinha quer elevar preço pago pela indústria a R$ 1,90 o kg

Presidente de sindicato dos pescadores aceita negociar; preços atuais são R$ 1,40 o kg (gelo) e R$ 1,60 (salmoura)

22 de fevereiro de 2016

A história se repete. Como fizeram em 2014, 2 mil pescadores profissionais da sardinha em Santa Catarina aproveitaram a reabertura da pesca da sardinha em 2016 entraram em greve no último dia 18 de fevereiro como forma de pressionar as indústrias processadoras a aumentarem o preço pago pelo kg da espécie.

Se em 2014 os pescadores pleiteavam o preço de R$ 1,60 pelo kg, em 2016 a proposta é de R$ 1, 90, tanto para o barco salmourado quanto nos barcos refrigerados a gelo. O presidente do Sindicato dos Pescadores de Itajaí, Eros Aristeu Martins, sinalizou à imprensa que aceita negociar patamares diferentes de acordo com o armazenamento. Uma reunião com o Sindicato dos Armadores de Pesca de Itajaí (Sindipi) está marcada nesta segunda-feira, 22 de fevereiro.

Há dois anos, o valor pleiteado foi negociado para R$ 1,20 (gelo) e R$ 1,40 (salmoura). Atualmente, o valor praticado é de R$ 1,40 (gelo) e R$ 1,60 (salmoura). A captura da sardinha-verdadeira (espécie mais abundante no País) fio suspensa em 1º de novembro, data estabelecida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o defeso que assegura a reprodução da espécie nas regiões sul e sudeste do País.

Enquanto isso, nos EUA...

Um estudo publicado em um periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUAreplicado aqui, concluiu que o modelo de cotas de pesca não só protege mais os peixes como é mais seguro ao pescado, na comparação com períodos de proibição de pesca para reprodução - como o defeso brasileiro.

Segundo o documento, o sistema de cotas concede uma janela maior ao pescador para fazer a pesca da sua cota pré-determinada, sem que ele precise correr atrás do tempo para pescar o máximo possível antes do defeso. Entre os riscos citados, estão a pescaria em tempestades, maior manutenção dos barcos ou operações de pesca com embarcações repletas de petrechos pesados.

A pesca nos EUA tem índice de mortalidade mais de 30 vezes mais alto que a média norte-americana, principalmente por conta da pesca do king crab (caranguejo gigante) feita em condições extremamente adversas.

 
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