IPCA: Quaresma e Semana Santa puxam valores do pescado em março
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IPCA: Quaresma e Semana Santa puxam valores do pescado em março

Apenas 5 das 22 espécies analisadas não apresentaram aumento em seus preços durante o período

18 de abril de 2024

A inflação do Brasil desacelerou em março, registrando alta de 0,16%, 0,67 ponto percentual (p.p) menor que em fevereiro, quando marcou 0,83%. Mas com a Quaresma e da Semana Santa, o mercado de pescado experimentou um aumento significativo na demanda, refletindo diretamente nos preços no período.
 
Segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, a inflação do setor atingiu 1,73% no último mês, contribuindo para uma elevação anual de 3,53%, com uma variação acumulada nos últimos 12 meses de 3,87%.
 
O mês de março foi marcado por uma alta generalizada nos valores das espécies de pescado monitoradas pelo IBGE. De acordo com o estudo, apenas 5 das 22 espécies analisadas não apresentaram aumento em seus preços durante o período. Entre as espécies que registraram deflação em março, destacam-se o peroá, com uma queda de 6,71%, seguido pela dourada, com 4,80%, e o filhote, com 2,25%.
 
Por outro lado, algumas espécies experimentaram as maiores altas de inflação no mesmo período. A corvina liderou o ranking, com um aumento de 6,50%, seguida pela palombeta, com 5,78%, e pela cavala, com 4,19%.
 
O cenário de março representa uma mudança em relação ao mês anterior. Em fevereiro, o setor testemunhou quedas nos preços. Durante este período, a categoria sofreu uma deflação de 0,59% nos valores em domicílio, comumente praticados no varejo nacional.
 
Inflação do País desacelera
 
Conforme o IBGE, a  inflação do País registrou alta de 0,16%, 0,67 ponto percentual (p.p) menor que em fevereiro, quando marcou 0,83%. A inflação acumulada no ano está em 1,42%. Nos últimos 12 meses, os preços subiram 3,93%. Em março de 2023, o índice havia sido de 0,71%. 
 
Dos nove grupos pesquisados, seis tiveram alta na passagem de fevereiro para março. Entretanto, grupamentos com peso importante no IPCA apresentaram desaceleração no índice. “Essa desaceleração na inflação também é explicada pelo fato de que, em fevereiro, os preços da Educação tiveram alta significativa por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, o que não aconteceu em março”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida, citando o grupo que saiu de alta de 4,98% para 0,14%.
 
Apesar disso, o grupamento de Alimentação e bebidas foi o que registrou o maior impacto (0,11 p.p.) e a maior variação (0,53%), mas também em movimento de menor alta, abaixo da que havia sido registrada em fevereiro (0,95%). 
 
A alimentação no domicílio desacelerou de 1,12% em fevereiro para 0,59% em março. Destacam-se as altas da cebola (14,34%), do tomate (9,85%), do ovo de galinha (4,59%), das frutas (3,75%) e do leite longa vida (2,63%). 
 
Já a alimentação fora do domicílio (0,35%) também desacelerou em relação ao mês anterior (0,49%). Já o lanche acelerou de 0,25% para 0,66%, mas a refeição (0,09%) teve uma alta menor que em fevereiro (0,67%).
 
Créditos da imagem: Canva
 

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