Com nova tecnologia, laboratório do RN consegue camarão mais saudável e aumento de produtividade

Com nova tecnologia, laboratório do RN consegue camarão mais saudável e aumento de produtividade

07 de março de 2014

Crédito da imagem: Stock.XCHNG


Novas tecnologias estão aumentando a produtividade das criações de camarão no Rio Grande Norte. Uma das novidades vem de um laboratório do município de Touros com o uso de proteínas que melhoram a produção de ovos das fêmeas, além de um melhoramento genético.


No laboratório o processo começa em tanques do setor de maturação. No local, os melhores machos e fêmeas do plantel são colocados para reprodução e recebem alimentação especial e com hora marcada. "Os animais se alimentam a cada três horas e, basicamente, é uma dieta extremamente rica em proteína que consiste em lula, mexilhão, biomassa de artêmia e ração balanceada", relata Roseli Pimentel, gerente geral do laboratório, em entrevista ao Globo Rural.


Há cerca de três anos, um vírus causador de uma doença popularmente conhecida como mancha branca chegou aos viveiros de camarão do Estado. O índice de mortalidade subiu muito. Por isso, o melhoramento genético na carcinicultura é tão importante. “Hoje o que a gente oferece ao mercado são animais que não possuem patógenos. É acreditamos que isso é a saída para a carcinicultura: um animal resistente e limpo ao mesmo tempo", explica Roseli.


Essas novas pesquisas mostram que é necessário uma instalação de barreiras sanitárias, com a limpeza dos veículos que vêm de áreas de risco. Há também um reforço na alimentação do crustáceo, com melaço e probiótico. As bactérias boas, chamadas de probióticas, se alimentam do melaço, se multiplicam mais rapidamente e produzem mais alimentos para os camarões, aumentando o peso deles. "Percentualmente, eu diria que melhorou uns 20% no sentido de ganho de biomassa", garante Antônio Carlos Fonseca, criador de camarão há 13 anos. Com os melhoramentos e pesquisas, como essa de Touros, a produtividade está crescendo novamente e o lucro dos produtores deve aumentar.


 Entre 2000 e 2005, Antônio Carlos chegou a exportar, mas hoje está satisfeito atendendo o mercado interno. “A nossa produção de 2013 foi de 180 toneladas e vamos manter essa produção para 2014. Os compradores são os atravessadores que levam para o eixo Rio - São Paulo e para Salvador", afirma o criador, para a reportagem do programa da TV Globo.


Em 2013, o Rio Grande do Norte ficou em primeiro em volume de exportação negociado, resultando em US$ 2,3 milhões. Em 2014, a expectativa é superar esses números. Cerca de 200 toneladas do crustáceo já partiram em direção a países como Vietnã. “Há falta de camarão no mundo. Cada vez mais estamos sendo procurados para fornecer esse camarão, tanto para o mercado europeu como para o asiático e outros países ao redor do mundo”, comemora o exportador Cristiano Gomes.

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