Pesquisadores decifram genoma do salmão atlântico

Crédito da imagem: Cola21

Os pesquisadores de Chile, Noruega e Canadá anunciaram que conseguiram decifrar integralmente o genoma do salmão do Atlântico, o que deve gerar mudanças no setor, como por exemplo na nutrição dos peixes.

O especialista em salmões da Universidade do Chile, Roberto Neira, acredita que a pesquisa ajudará a aperfeiçoar a seleção genética. Recentemente estudos já permitiram que nos últimos anos fossem capturadas espécies com sete quilos, ante dois quilos, produzidos anteriormente. O salmão modificado foi criado pela AquaBounty e apelidado de “salmão AquaAdvantage” projetado para crescer duas vezes mais do que o salmão do Atlântico comum, e duas vezes mais rápido também, como já informou o Seafood Brasil. 

O descobrimento do genoma vai beneficiar a nutrição dos peixes e os recursos naturais, "já que aumentando sua composição proteica se alcançarão espécies mais vegetarianas, ou seja, uma piscicultura mais amigável com o meio ambiente", destacou o pesquisador em entrevista à agência EFE.

A espécie do pescado é bastante suscetível a doenças, o sequenciamento do genoma também pretende ajudar nessa área. "Agora que conhecemos seu genoma será mais simples proteger a espécie de suas fragilidades", disse Eduardo Bitran, vice-presidente executivo do Corporação de Fomento do Chile (Corfo), quando se referia ao vírus da Anemia Infecciosa do Salmão (ISA), que afeta principalmente a subespécie atlântica.

"Esta conquista foi possível graças a cinco anos de pesquisa colaborativa entre Canadá, Noruega e Chile, e aumentará a produtividade do setor e melhorará a conversão alimentar. Para nós, é importante se valer da comunidade científica para impactar de forma significativa a atividade econômica de um país", completou Bitran, em entrevista à agência EFE.