Avante na América Latina: como foi a Seafood Show Latin America 2024
Comercialização

Avante na América Latina: como foi a Seafood Show Latin America 2024

Evento segue reafirmando sua posição como um dos principais para o setor de pescado no Brasil e na América Latina

27 de dezembro de 2024

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Se alcançar o topo já é desafiador, manter-se nele é ainda mais, especialmente no competitivo cenário de eventos de pescado no Brasil e na América Latina. É com esse objetivo que a Seafood Show Latin America (SSLA) realizou, entre os dias 22 e 24 de outubro, uma terceira edição superior em relação aos anos anteriores (neste ano, no Distrito Anhembi) para assim, seguir na missão de manter-se como a principal feira do setor de pescado e frutos do mar da América Latina com uma programação de atrações e debates com os principais nomes da indústria, varejo e food service de pescado.

“A edição deste ano foi um grande sucesso, refletindo o crescimento contínuo e a importância da indústria de pescado e frutos do mar. Tanto a competição do melhor sushiman, como dos Melhores Peixeiros e tantas outras atrações que realizamos nesses dias intensos de evento, trouxeram um brilho especial a todos os envolvidos”, analisou Ricardo Torres, um dos porta-vozes da feira e editor-chefe da Seafood Brasil.

Setor se encontra na capital Paulista

O evento em São Paulo reuniu autoridades políticas, representantes do setor e profissionais ligados ao segmento. Fernando Ruas, CEO da Francal Feiras, destacou o crescimento do evento: "A gente está muito feliz. A feira cresceu 25% de um ano para o outro vai continuar crescendo". “Estamos aqui para servir o mercado de pescado. Falo isso em nome do Abdala e do Ricardo, da Seafood Brasil”, completou. 

Já o Ministro da Pesca e Aquicultura (MPA), André de Paula, reforçou o compromisso do governo com a cadeia produtiva. "Fortalecer um encontro como este é prioridade no Ministério. Aqui, estão presentes todas as etapas da cadeia produtiva". Ele destacou ações como a recriação do Conselho Nacional da Pesca e Aquicultura (CONAPE) e parcerias com instituições como a Embrapa e a Apex-Brasil e também aproveitou a ocasião para assinar a portaria nº 361/2024 que oficializou o lançamento da Plataforma Nacional da Indústria do Pescado (PNIP).

Insights e tendências na Arena Talks

A Arena Talks destacou temas centrais para o mercado de pescado, reunindo especialistas nacionais e internacionais em discussões estratégicas. No painel sobre sustentabilidade, Cintia Miyaji, da Paiche Consultoria, mencionou que acredita no lema “alimento para todos: projetando sistemas sustentáveis e seguros para o futuro do pescado”.  Para ela, a rastreabilidade na cadeia do pescado traz melhores resultados econômicos, inclusive para a empresa e que precisa ser considerado como um “mainstream”, e não apenas uma vantagem competitiva.  

Já a digitalização ganhou destaque com o case da Marchef Pescados, que adotou o sistema EasyPac, da Atak Sistemas. Sarah de Oliveira e Gustavo Faria, da Lex Experts, destacaram como a ferramenta transformou a gestão. “Estamos em tempo real podendo acessar [os dados], corrigindo em tempo real e evitando retrabalho e desperdícios. (...)”, explicou Oliveira.

Com curadoria do MPA e da Embrapa, o Fórum Soluções Inovadoras em Processamento de Pescado abordou perspectivas para o consumo interno e as exportações de produtos da piscicultura brasileira. Janine Passos, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, destacou o monitoramento das embarcações de pesca primária do camarão rosa (P. brasiliensis) e as técnicas de conservação adotadas. "Vamos monitorar os métodos de conservação utilizados, coletar dados e fornecer ao Ministério da Pesca e Aquicultura para avaliação", explicou.

No caso do painel “Os desafios da cadeia de suprimentos para os restaurantes japoneses”, que compôs o Summit de gastronomia japonesa, e foi organizado pela Associação Brasileira de Gastronomia Japonesa (ABGJ), Felipe Katata, CEO da Cermaq Brasil, apontou que a oscilação de preços do salmão no Brasil impacta a rentabilidade. “A gente viu uma baixa de preços do meio do ano passado para cá, o que posicionou o Brasil como um dos piores mercados em rentabilidade no mundo (..)” 

Em outro painel, sob mediação do chef Regis Sassaki, chefs renomados discutiram tendências e desafios da gastronomia japonesa. Seiji Enokizono, do restaurante Maza, destacou a necessidade de insumos de alta qualidade para que São Paulo consolide sua posição como referência mundial. "Temos contatos com pessoas que viajam para fora do Brasil, que vão ao Japão. O que eles trazem para gente é que o Brasil e [principalmente] a cidade de São Paulo é um grande potencial para a gastronomia japonesa.”

Mari Saito, do Sushi Vaz, criticou o tratamento do pescado no Brasil. "Aqui, os peixes chegam amontoados em uma mesma caixa. No Japão, cada peixe chega em uma única caixa", observou. Além disso, Megumi Nishimori, do Aizomê, levou para o debate a inclusão de mulheres na alta gastronomia japonesa.


 

Este texto faz parte da seção "Especial" da Seafood Brasil #56. Para ler esta e outras matérias desta edição na íntegraclique aqui.


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Créditos imagens: Seafood BRasil

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